Em reunião da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), os prefeitos que compõem a entidade manifestaram, mais uma vez, sua contrariedade a obrigatoriedade do passaporte vacinal. A reunião presencial foi realizada na quinta-feira, 11, em Nova Prata. Apesar do posicionamento, nenhuma ação está prevista para tentar mudar a decisão imposta pelo Governo do Estado.

O presidente da entidade e prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin, criticou a medida e disse que os municípios da região, que tem o turismo como sua base econômica, estão sendo os mais afetados com a exigência do passaporte vacinal. Segundo ele, não se pode mais admitir que as restrições prejudiquem a economia local. “Temos essa oportunidade de avançar no segmento devido à alta circulação de pessoas de outros Estados, promovendo o turismo interno. Temos que ajudar os municípios a prosperar, com todos os cuidados e cumprimento aos protocolos, mas sem maiores restrições. Sugerimos a manutenção das estruturas da saúde, mas temos também que equilibrar a economia, a renda e os empregos. Já sofremos demais”, afirma.

A exigência de passaporte vacinal no Rio Grande do Sul para entrada em uma série de atividades, incluindo boates, partidas de futebol, festas de casamento, formaturas, cinemas, teatros e museus, foi definida pelo governo na tentativa de reduzir a abstenção de gaúchos que estão com a segunda dose de vacina contra o coronavírus em atraso.

Chamada de passaporte vacinal, essa comprovação não é obrigatória em todo o Brasil. Foi uma forma, segundo o governo do Estado, de permitir que as pessoas circulem de forma mais segura durante uma pandemia em ambientes que costumam gerar aglomeração.  Aqui no Estado, essa documentação pode ser o certificado digital de vacinação, emitido pelo ConecteSUS, a carteirinha física de vacinação, a carteira internacional (no caso de quem se imunizou em outro país) e até mesmo o comprovante que confirma que a pessoa se vacinou durante participação em estudos clínicos de imunizantes já aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Foto: Amesne / Divulgação