Os problemas da falta de segurança há muito tempo deixou de ser uma questão a ser discutida apenas nas grandes cidades. A criminalidade, somada ao tráfico de drogas, tornou-se uma enorme pedra no sapato dos órgãos de segurança pública, que veem a cada dia que passa aumentar a dificuldade em combater estes delitos.

Em Bento Gonçalves a situação não é diferente. A tentativa de homicídio ao jovem Lucas Mariuzza e os dois assaltos a estabelecimentos comerciais ocorridos nesta semana expõem a ousadia da bandidagem e a sensação de insegurança da comunidade bento-gonçalvense. A ficha demorou a cair, mas parece que agora todos estão se conscientizando que deixamos de ser aquela cidade pacata, onde podia andar na rua a qualquer hora do dia ou da noite.

O prefeito Guilherme Pasin foi até Porto Alegre conversar com o alto comando da Brigada Militar, buscando a liberação das horas-extras para os policiais que atuam no município. Além disso, reuniu os chefes de todos os órgãos de segurança pública para buscar alternativas no combate à criminalidade.

A sensação de insegurança está presente em boa parte da comunidade e, mesmo com o aumento das prisões e do combate ao tráfico, a violência dos crimes praticados na cidade faz com que a população se sinta desprotegida. Soma-se a isso a situação de penúria do Governo do Estado, que está com os cofres raspados, e a falta de efetivo da Brigada Militar e da Polícia Civil.

O policiamento ostensivo segue a política do fazer mais com menos. Nossos policiais não pararam suas atividades e, mesmo assim, os criminosos seguem atuando, mudando o seu modus operandi a cada dia. Uma resposta contundente é preciso para evitar que o caos se instale na cidade. Estamos longe de ser um dos municípios mais violentos do Rio Grande do Sul, porém a situação é considerada preocupante pelas autoridades. Mais do que combater a violência, o principal, neste momento, é retomar a sensação de segurança da população bento-gonçalvense. Algo distante, por mais que a polícia esteja atuando.