O pente-fino promovido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) resultou no cancelamento de quase 50% dos benefícios analisados até o momento. Desde o início da operação, que visa revisar a validade de auxílios concedidos, foram avaliados 238 mil casos, dos quais 133 mil tiveram seus benefícios suspensos.
Com essas ações, o governo estima uma economia de aproximadamente R$ 1,3 bilhões até o final do ano. No entanto, o impacto financeiro pode ser ainda maior, uma vez que o pente-fino está em andamento e até 800 mil auxílios adicionais devem ser reavaliados ao longo de 2024. A Previdência Social calcula que a economia total com o cancelamento de benefícios irregulares pode alcançar quase R$ 3 bilhões.
A medida faz parte de um esforço do governo para reduzir o déficit do INSS e ajustar as contas públicas. Diante da necessidade de cortar despesas sem aumentar impostos, a revisão dos benefícios é uma das principais estratégias adotadas para equilibrar o orçamento.
Para acelerar o processo e reduzir a dependência de perícias presenciais, a Previdência Social tem incorporado tecnologia avançada na operação. O sistema Atestmed, baseado em inteligência artificial, tem sido fundamental para identificar possíveis fraudes. Esse sistema analisa detalhes minuciosos, como a letra do médico e a tinta usada na assinatura dos atestados, além de verificar se um mesmo profissional de saúde emitiu documentos em localidades diferentes simultaneamente.
A revisão também ressalta a importância dos beneficiários manterem seus cadastros atualizados. Em caso de suspeita de irregularidades, o INSS pode precisar entrar em contato com os beneficiários, e ter informações atualizadas facilita esse processo.