Estás surpreso(a) com o que está acontecendo no Brasil atualmente? Bem, se acompanhas esta coluna não estás, com certeza. Vimos dizendo há muito tempo que as tarifas públicas represadas artificialmente, os preços dos combustíveis também “congelados”, incentivos a determinados setores em detrimento do todo, a visão míope do governo federal na política externa em priorizar a China, Argentina, Venezuela e Cuba em detrimento dos Estados Unidos, Europa e até o Japão, a falta de competitividade industrial para o mercado externo, o excessivo protecionismo e um desgaste na base política do PT levaria, um dia, à estagflação (inflação com estagnação da economia, ou seja, inflação sem crescimento econômico) e, talvez levaria à recessão. Este dia chegou. É hoje. Portanto, quem nos acompanha aqui sabia disto há muito tempo e, possivelmente, tenha se preparado.

Já falei sobre as passeatas e a força das ruas.

Agora querem nos enfiar goela abaixo uma reforma política que ninguém entende. Reforma real, política, só com o Parlamentarismo.

No parlamentarismo, ao contrário do presidencialismo onde o(a) Presidente tem mandato por um tempo definido (aqui é 4 anos) e ninguém consegue mudar, nem mesmo com 2 milhões de pessoas nas ruas, há a figura do primeiro(a)-ministro(a) que é o real responsável pela condução do país em termos econômicos e sociais. Nos países que adotam este regime, se as coisas vão mal e os governantes não conseguem atingir os anseios do povo, cai todo o parlamento. Caem todos, inclusive o(a) mandatário(a) maior.

Vejam a avaliação do governo federal e a aprovação da Presidente nos gráficos segundo o IBOPE. 64% ( sessenta e qua¬tro) por cento da população bra¬sileira avalia o governo de forma RUIM OU PÉSSIMA. Somando com o regular, que é 23%, dá 87% ( oitenta e sete, eu escrevi oitenta e sete para não ficarem dúvidas ) da POPULAÇÃO BRASILEIRA desaprovam o governo federal. São mais de 180 milhões de brasileiros representados no gráfico que desaprovam, dos 200 milhões que somos.

A desaprovação da Presidente chega a 78% (setenta e oito) por cento. São 160 milhões de brasileiros que a desaprovam.

E o Brasil continua na mesma. Nada mudou. Toda a grande imprensa já se esqueceu destes gráficos. Talvez as ruas não esqueçam. Ninguém aguentaria tamanha desaprovação num país sério e num país parlamentarista.

Amanhã será mais um dia. Vamos ver. Talvez vejamos novos cartazes, mais focados pois muitos ainda não querem enxergar o que está escrito. Talvez um dia aprendamos que panelas não servem somente para fazer comida.

Se os governantes soubessem que poderiam cair a qualquer momento se não fizessem as coisas certas, talvez fizessem mais coisas certas. Seria uma mudança significativa, pelo menos.

Pense nisso e sucesso.