Oposição? Pra quê?

Até o Ministro da Saúde, que desfruta de excelente conceito, foi alvo de Bolsonaro. Bolsonaro resolveu agredi-lo nesta quinta-feira. Disse que não o vai demitir, mas que “ele precisa ser mais humilde”, que “estão se bicando há muito tempo” e que “nenhum integrante da minha equipe pode ser considerado indemissível”. Considerando-se que Luiz Henrique Mandetta foi indicado pelo governador Ronaldo Caiado que, há poucos dias, teve atrito (mais um aliado) com Bolsonaro, dá para se entender (politicamente falando, é claro), essa postura do presidente. Em resumo, Bolsonaro, pela sua intempestividade, coleciona atritos internos, nacionais e mundiais. Não precisa de oposição, ele a cria com rara habilidade.

Sinuca de bico!

Mas, não dá para ignorar que TODOS os brasileiros estão numa sinuca de bico. Obviamente, ninguém desconhece que a economia está sofrendo um baque terrível, o que provocará (já está provocando) e perda de milhares – ou milhões – de empregos, originários da falência de milhares de empresas. Ninguém pode se dar ao direito, também, de “fingir” (sim, fingir, porque a “imprensalixo” do MUNDO TODO está dedicando largos espaços PARA MOSTRAR a gravidade da situação – mas há “çábios” que dizem que é “invenção para tirar Bolsonaro do poder”) que desconhece que o coronavírus está matando muita gente no mundo todo e que sua contenção EXIGE o esforço e a luta de todos os países do mundo.

Na qual a saída é dura!

E como sair dessa sinuca? Depende do ponto de vista e, por incrível que pareça, do PARTIDO pelo qual o “opinante” tem simpatia. Isso, claro, aqui no Brasil, onde petistas (raros, atualmente), antipetistas (também rareando) e bolsonaristas (seita muito ativa, apesar de já contabilizar perdas significativas) se digladiam diuturnamente, “exigindo” que sua “razão” seja respeitada. Cristo! O exemplo para o Brasil vem dos Estados Unidos, com o amigo íntimo de Bolsonaro voltando atrás nos seus posicionamentos e abrindo os cofres públicos para tentar amenizar o crescimento de casos comprovados e mortes, determinando, inclusive e principalmente, que O POVO FIQUE EM CASA, já que nenhuma outra solução MELHOR foi apresentada.

Quem está errado?

Pois é, a velha máxima que aprendemos quando crianças está em pleno vigor. Diz ela que “em casa que falta pão, todos gritam e ninguém têm razão”. A decisão, que os governos mundiais e aqui no Brasil temos que tomar, é de extrema dificuldade. O que é melhor: perder vidas ou perder a economia e empregos? Há quem defenda que “empregos e a economia se recupera, mas a morte é definitiva”. Os que defendem o isolamento social temem a saturação do sistema de saúde, o que provocará mortes em proporções jamais antes imaginadas e que poderemos ficar diante da “ESCOLHA DE SOFIA” (quem não a conhece, sugiro que procure no Google). Imagino, pois, como pode estar a mente daqueles que, no mundo todo, PRECISAM DECIDIR. Certo? Errado? Só o futuro, talvez próximo, poderá nos mostrar.

Mas, há coisas indiscutíveis!

Ou melhor, só discutíveis para os “sem noção” que, nessas horas, se multiplicam. Que os pobres e miseráveis serão os mais atingidos e morrerão infectados ou em maior número ainda, de fome; que os biliardários do mundo – que são pouquíssimos – gozam de privilégios inimagináveis para 99% (ou mais) da população e estão “tirando de letra” a pandemia, isolados em mansões paradisíacas e iates cinematográficos; que a tal de “classe média” (a que mais grita contra tudo) teme cair na “hierarquia financeira classista” mais do que ao vírus, é de conhecimento de todos e é líquido e certo. Portanto, ser CONTRA qualquer coisa, nesse momento, é ser “sem noção”. Temos que ser, isto sim, A FAVOR DE TUDO o que possa, de alguma forma, nos proteger contra esse tsunami mundial que nos assola. Que cada um faça a sua parte é o mínimo que se pode esperar.

Façamos a nossa parte?

Pois é nesses momentos que surgem os verdadeiros seres humanos, aqueles que têm coração, coragem e disposição para AJUDAR a quem precisa. Doações de TUDO estão sendo verificadas; pessoas trabalhando duro para amenizar a dor e os problemas dos “esquecidos pela sorte”, oferecendo o que podem e muitos mais; pessoas que, pela profissão, estão se expondo para cuidar dos doentes, enfim, há uma corrente de solidariedade à qual precisamos nos unir. Perguntar-nos “no que posso contribuir” é dever de todos. Sem essa união, TODOS nós sofreremos, de alguma forma, com o que virá depois dessa desgraça toda. Façamos, pois, a nossa parte?

Últimas

Primeira: O pai, impulsivamente, compartilha um vídeo fake postado por um imbecil, mostrando “desabastecimento” em Belo Horizonte, e depois, o pai, pede desculpas;

Segunda: O filho, posta nas redes sociais uma foto de um homem que, pretensamente, teria sido curado do coronavírus usando hidroxicloroquina, com o óbvio intuito de “dar razão” para o pai, adepto a esse tratamento ainda sem comprovação cientifica;

Terceira: A foto foi retirada de imagens captadas pela RBS TV no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Na imagem, feita em julho de 2019 em um quarto de UTI, Flávio (aquele das “rachadinhas”) tentava “justificar” a cura de quatro pacientes. A família do paciente está indignada, com sobradas razões;

Quarta: Mas, a imprensa que tem a “ousadia” de divulgar esses disparates é chamada de “imprensalixo” ou de “petista-comunista”. A pretensão é “varrer” a imprensa (a não alinhada, claro) para fora do Brasil?

Quinta: O governo Bolsonaro está fazendo coisas boas para o Brasil, para o povo e para combater a pandemia. Pena que, para reforçar o ditado “o jacaré não entrou no céu porque tem boca grande”, ele não mede esforços e é dotado de rara maestria para tanto;

Sexta: E isso tudo além de adorar enfrentamentos com a imprensa. Tudo o que é feito de bom logo é superado por um discurso descontextualizado, completamente “fora da casinha”;

Sétima: Nesse momento de quarentena, sugiro que assistam ao filme “O POÇO”, disponível na Netflix. Qualquer semelhança com o que o mundo vive hoje, será mera coincidência?

Oitava: Em resumo, já passou da hora de petistas, antipetistas e bolsonaristas tomarem “flagrômetro” para perceberem o quanto seu radicalismo está prejudicando o Brasil e seu povo. Deveriam ser obrigados a assistir “O POÇO”. Pobre Brasil!