Tudo pronto! I

Atenção, adoradores de pedágios! Os pórticos do novo sistema de cobrança das “módicas” tarifas de pedágios estão prontos. Assim, o tal de “Free Flow”, que permite a passagem sem necessidade de parar, facilitará muito para os “felizes usuários”. A cobrança das tarifas é feita através de tag no para-brisa ou até 15 dias depois. Como o usuário DEVE SABER que passou e não possui tag, cabe a ele buscar a forma com que irá pagar seu débito. A multa, caso não pagar o pedágio em 15 dias, será de R$ 195,23. E saibam todos que a feliz concessionária terá TRINTA ANOS de contrato, gentilmente criado pelo governo DO ESTADO, aprovado pela Assembleia Legislativa e avalizado pela maioria das entidades “representativas” que estiveram nas Audiências Públicas.

Tudo pronto! II

Resta, agora, à população, esperar para ver se o tal de contrato de concessão será cumprido na íntegra. Aliás, esse contrato DEVERIA ser publicado na IMPRENSA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL para que todos soubessem dos DIREITOS que a população tem, pois o DEVER TODOS SABEM, que é PAGAR a tarifa ou ser multado. Sabe, também, que passe ou não pelas rodovias “premiadas” com o pedagiamento, acabará pagando a conta, seja nos FRETES ou nos demais custos das empresas. Portanto, você, que nunca ou raramente utilizada os poucos quilômetros concedidos, saiba que a conta cairá no seu bolso também.

Errei!

Peço desculpas aos prezados leitores por dois erros que cometi em várias colunas. Afirmei que as tarifas que seriam cobradas nos dois pedágios – Carlos Barbosa e São Sebastião do Cai, que substitui o de Portão – seria de R$ 45,00 e que esse valor seria para o trecho 89 quilômetros de Bento Gonçalves a São Leopoldo. Errei! O valor que pagaremos será de R$ 9,90 em Carlos Barbosa, na IDA e na VOLTA, e de R$ 12,30, também na ida e na volta em São Sebastião do Caí. Portanto, serão R$ 19,80 mais R$ 24,60, o que resulta no total de R$ 44,40. Então, errei pois não são 89 quilômetros, mas 87 quilômetros (de centro a centro, claro) e o valor não será R$ 45,00, mas R$ 44,40. Feita a correção de meus erros.

Será para quando?

Sei muito bem e qualquer pessoa de mediana inteligência sabe que a ponte sobe o Rio as Antas, em Santa Bárbara, custará muuuuitttoooo mais que a ponte de Nova Roma do Sul. Muita gente colaborou para arrecadar o dinheiro para a reconstruir, mas querer fazer comparações não tem sentido algum. A ponte de Santa Bárbara já deveria ter PROJETO PRONTO para a construção de uma nova. O dinheiro para fazer a obra poderia ser retirado dos BILHÕES já arrecadados com o IPVA já pago pelos contribuintes antecipadamente. Agora, com a chegada da BALSA, obviamente um paliativo a ser utilizado enquanto se constrói a ponte, será motivo para “espichar” a obra por muitos anos. Quem duvida?

E quem deveria pagar?

Claro que para utilizar a balsa em Santa Bárbara há custos. Mas, QUEM DEVERIA PAGAR? Os usuários, que a utilizarão para ir ou voltar de Porto Alegre, além os dois pedágios, pagarão mais a tarifa da balsa, certo? Não seria o caso dessa travessia ser paga pelo governo do Estado até que a nova ponte seja construída? Por que os usuários, que já pagam impostos na compra do veículo, IPVA caríssimo, além de impostos no combustível, na manutenção dos seus veículos e nos pedágios AINDA têm que pagar a tarifa da balsa no local onde DEVERIA ter uma ponte? Pois é… se paga imposto para nascer, se paga para viver, se paga para morrer, se paga por estar morto (tem “IPTU” de cemitério agora) e se tem que pagar tarifas motivadas por desastres da natureza. Melhor não existir, né?

A propósito…

Há alguns anos insisti, muitas vezes, na necessidade que a população tinha de saber tudo sobre a iluminação pública. Afinal, pagamos TAXA (que resolveram chamar de “contribuição”, pois “taxa” é para serviço individualizado) na fatura da energia elétrica e não se sabe QUANTO é arrecadado e/ou quanto é PAGO pela Prefeitura. Questionei na Coluna inúmeras vezes enviei e-mails para a Secretaria. A Lei de Acesso à Informação foi solenemente ignorada. Obviamente, seria ridículo gastar dinheiro em ação judicial para obter informações de órgão público, algo a que todos têm direito legal, né? Vou tentar novamente. Enviarei e-mail para a Secretaria responsável. Assim que obtiver a resposta, informarei a todos os que me solicitaram.

Últimas

Primeira: A imprensa divulga, insistentemente, informações obtidas pelas secretarias de saúde dos Estados, municípios e do Ministério da Saúde sobre a proliferação da Dengue no Brasil. Alertas são feitos. Mas, a população, que é a grande interessada, está FAZENDO A SUA PARTE? Você está fazendo a sua para ajudar a combater o mosquito transmissor?

Segunda: Leio o livro “CRÔNICAS DAS HISTÓRIAS DE NOSSA HISTÓRIA”, organizado pela Eliana Casagrande Lorenzini, filha do inesquecível AMÉLIO CASAGRANDE. Nesse livro, Eliana, que o organizou, publica textos e crônicas escritas pelo seu pai ao longo do tempo;

Terceira: Todos os que tiverem interesse em saber sobre o município de Bento Gonçalves e sua história, terá nesse livro farto material. Amélio Casagrande foi um defensor intransigente do patrimônio histórico da imigração italiana. Mas, no livro, as palavras do grande Amélio marcam, indelevelmente, tudo que ele foi e representou para Bento Gonçalves. Leiam! Vale a pena!

Quarta: O diretor do Semanário, Henrique Alfredo Caprara, num parágrafo do que escreveu na “orelha” do livro, diz que “Um olhar sobre o que escreveu Tio Amélio Casagrande nos leva à conclusão simples da sua importância no contexto das mais emblemáticas lideranças de nossa amada Bento”. Precisa dizer mais? Não, claro, só precisa ler o livro;

Quinta: Incrível a forma com que o fanatismo político move as pessoas. A gasolina e o diesel tiveram aumento no valor o ICMS, imposto que até o menos letrado dos seres vivos SABE que é imposto ESTADUAL. Mas, os “jênios” das redes sociais “fingem” desconhecer essa obviedade e distorcem informações. São os pagadores de micos “normais”;

Sexta: E também é inacreditável o que eu vi quarta-feira. Fui para Porto Alegre e tive a curiosidade de observar o que os postos de combustível fariam diante do aumento de R$ 1,22 para R$ 1,37 no ICMS. Teria apostado que os preços já teriam esse aumento, como é hábito nos aumentos da Petrobrás. Me enganei! Os postos mantinham os preços de semana passada;

Sétima: Não, não esqueci do trânsito no centro, onde semáforos e ruas causam mais problemas do que soluções. Voltarei a ele, certamente;

Oitava: E o “Ruralito”, que era tido e havido como “cafezinho” por gremistas e colorados, já é “copa do mundo” para ambas as torcidas. Pouco bom?