Pode isso, Arnaldo?

Setores da população estão cada vez mais intolerantes. A oportunidade que foi oferecida através das redes sociais, algo que deveria servir como instrumento para o crescimento de cada um, como pessoa e como membro da sociedade, podendo contribuir para melhorar esse mundão desigual, excludente, tirano, cretino, insuportável, fez com que os medíocres expusessem toda a sua mediocridade. O que se lê em postagens no WhatsApp, Facebook, Instagram e outras é algo digno de mentes lesadas culturalmente e que não poderiam ter tais ferramentas ao dispor para destilar suas mediocridades. Galvão Bueno deve ter perguntado milhares de vezes: “Pode isso, Arnaldo?”

Liberdade de Expressão?

Já publiquei na coluna o texto do artigo 5º da Constituição que trata da “liberdade de expressão”. Em nenhuma letra, sílaba ou parágrafo consta que em “liberdade de expressão” se pode ofender, agredir física ou verbalmente a quem quer que seja. Mas, eis que em Nova Iorque, um bando de moleques inconsequentes resolveu abordar a caravana presidencial que estava numa van. Ofensas verbais impublicáveis e gestos obscenos foram a forma encontrada para “PROTESTAR”. Ora, ora!! Precisavam usar esta forma estúpida para seus “protestos”, ainda mais em OUTRO PAÍS?

Liberdade?

Mas, como “toda ação provoca reação igual e contrária”, eis que UM MINISTRO, que deveriam dar o exemplo, faz o mesmo que a turba descontrolada. Será que é a isso que essa gente entende como “liberdade de expressão”? Marcelo Queiroga, ministro da saúde (?), mostra, de dentro da van, seu dedo médio aos manifestantes. Mas, e a postura que deve ter uma pessoa na sua condição de MINISTRO DE ESTADO? Que deveria dar o exemplo para aqueles que, aliados em redes sociais, pensam que podem tudo? Se isso tudo, seja de manifestantes ou de autoridades pode ser qualificado como “liberdade de expressão”, chegamos ao limite. Novas normas regulamentadoras se impõem.

Foi isso, experts?

O governo federal bate o recorde de arrecadação de impostos dos últimos VINTE E SETE ANOS. Isso faz com que questionamentos sejam feitos. Como pode ter havido tamanha arrecadação se a economia, se o PIB brasileiro está negativo? Como isso foi possível? Que “milagre” aconteceu? Será que os devedores tributários decidiram pagar seus impostos? Bem, como não ouvi ou li ninguém tentando explicar esse “fenômeno”, tirei minhas próprias conclusões. Entendi que, como a BASE DE CÁLCULO dos impostos subiu alucinadamente, ou seja, os preços dos produtos sobre os quais incide a carga tributária atingiu patamares inimagináveis, os impostos seguiram o mesmo caminho. Será?

Será que foi?

Eu não consegui encontrar outra explicação senão essa. Mas, como sou um tanto leigo – como a maioria da população – em economia, apesar de pós-graduado, penso que a população merece uma explicação dos “experts”. A taxa de juros básica, a SELIC, subiu mais 1%, chegando a 6,25%, aumento esse cuja justificativa é “conter a inflação”. Interessante! Em governos anteriores a taxa SELIC aumentava com o mesmo argumento, mas os “experts” detonavam os governos. Estamos vivendo um período de inflação crescente e de preços disparados e com desabastecimento de boa parte de insumos industriais. Será que teremos essas explicações?

Pandemia não terminou

Estão à disposição de todos os dados divulgados pelas secretarias municipais e estaduais de saúde, bem como do Ministério e do consórcio de meios de comunicação – que utilizam dados oficiais – mostrando números ainda muito preocupantes sobre a pandemia do coronavírus, os infectados, os recuperados e os óbitos verificados. A um simples olhar se constata números ainda elevados e, portanto, dignos de preocupação. A vacinação já provou, NO MUNDO TODO, ter relevante eficácia no combate a Covid-19, mas, por mais inacreditável que possa parecer, AINDA há os recalcitrantes que se negam a tomar a vacina, mostrando total desrespeito e alienação à saúde e à vida de seus familiares, amigos e da sociedade em que vivem.

Últimas

Primeira: E muitos sequer respeitam os protocolos como o uso de máscaras, álcool gel e distanciamento social. Não é por falta de informações, obviamente;

Segunda: Temos contabilizados 146 milhões de pessoas vacinadas com a primeira dose das vacinas. Será que essas estão erradas? Os que se recusam estão certos? O MUNDO médico e cientista está equivocado ao pedir a vacinação?

Terceira: Será que os recalcitrantes AINDA entendem que colocar em risco as pessoas por não se vacinarem é seu direito constitucional de “liberdade de expressão”, de “ir e vir”? Aposto que pensam, mesmo!

Quarta: Pelo que se constata, há número expressivo de pessoas que gostam de fake news. Essas, por motivos político-partidários ou outros inconfessáveis, entendem que o “vale-tudo” é instrumento de livre uso e “os fins justificam os meios”. Desde que não contrariem seus “interésses”, claro!

Quinta: Será que a rua Dr. Montauri seguirá com permissão de estacionamento à esquerda? Sim, pois não há uma única placa proibindo, apesar do meio-fio ser amarelo. A circulação de veículos é…bem, deve ser secundária, aparentemente;

Sexta:  Enquanto isso, seguem as conversões irregulares em ruas da cidade. Motoristas ignoram, solenemente, faixas duplas continuas e tachões impunemente;

Sétima: Se fala tanto em privatizações, não é mesmo? Por que, então, não falam em privatizar os TRIBUNAIS DE CONTAS? A “iniciativa privada” não seria mais competente e isenta para fiscalizar as contas públicas?

Oitava: Texto básico da reforma administrativa foi aprovada em Comissão da Câmara. Seria cômica ou trágica, se não fosse “MAIS DO MESMO”. Está mais do que claro que nossos parlamentares não têm coragem de colocar um paradeiro do imenso dreno da elite;

Nona: Continuo insistindo. Para opinar sobre a CPI DA PANDEMIA é absolutamente necessário assistir as reuniões. Se não, é simples palpite político-partidário;

Décima: Creio que para a semana que vem obtenho liminar para falar em futebol. Por enquanto, exerço meu direito de “ficar calado para não me incriminar”. É sério…eheheheh!!