Aberta a porteira!

Escrevi aqui, na Coluna, várias vezes, ANTES das eleições, que ninguém que fosse eleito para a presidência poderia deixar de “comer na mão” do Congresso Nacional. Continuei escrevendo DEPOIS das eleições e recebendo e-mails, ligações e contatos de “bolsonaristas de carteirinha”, dizendo que “acabou a mamata”, que “Bolsonaro não vai fazer o jogo da velha política” e coisas do gênero. Para alguns, menos fanáticos, eu dizia que Bolsonaro, como parlamentar, conhecia muito bem as “regras do jogo” e, por isso, não deveria apostar numa “nova política”. Bolsonaristas ficaram “p” da vida comigo.

Aberta? Não, imagina!

Como as duas facções surgidas se digladiavam desde antes das eleições, as “batalhas ideológicas” se intensificaram depois. Bolsonaristas jurando por todos os juros que, agora, tudo iria mudar. E eu aqui, na coluna, dizendo que Bolsonaro iria, sim, “se abrir” para o Congresso Nacional, notadamente para o chamado “CENTRÃO”, grupo de parlamentares onde se abriga o que há de pior na política brasileira desde 1964. E os bolsonaristas dando cacetadas em mim, me “acusando” de petista quando, na verdade, abomino o petismo e o bolsonarismo afirmando, desde sempre, que são farinha do mesmo saco, o que fica provado diariamente. Vide declarações recentes de Lula e de Bolsonaro.

E eis a porteira arrombada!

Pois, agora, quer queiram ou não os bolsonaristas, a porta foi arrombada. O governo Bolsonaro negociou cargos importantes na estrutura governamental justamente com algumas “coisinhas” do Centrão, que é formado pelos seguintes partidos: PP, PR, PSD, PTB, PROS, PSC, SD, PRB, PEN, PTN, PHS e PSL. Ninguém, com exceção dos fanáticos político-partidários, desconhece que alguns deles, como o PP, PMDB (atual MDB), abrigam o maior número de já condenados pelo “mensalão”, “petróleo” e “lava jato”. O ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson, saiu em defesa de Jair Bolsonaro (sem partido enquanto cria o seu próprio, pois já passou por OITO).

Na qual entrou até “ele”

Segundo o indefectível Roberto Jefferson, presidente do PTB, Bolsonaro é um “homem correto, simples” e foi apanhado “de forma covarde” pelo Congresso. Jefferson, porém, garantiu que está agindo voluntariamente, e que se o partido for convidado para participar do governo, aceita… Como Bolsonaro teme as ações que pedem o seu impeachment, que já chegam a 31, com a porteira do governo arrombada, as “negociações” estão bem avançadas, com cargos já ocupados até por notórios condenados em ações penais. É, pelo andar da carruagem, já é possível se prever o que virá daqui para a frente, no tocante à politicagem nacional. “Táokei”?

Ministério da Saúde?

Bem, aquele que já foi o ministério da saúde agora já pode ser chamado de “ministério da saúde do exército”. Sim, porque o atual general “interino definitivo” nomeou vários e já são 21 militares no ministério. Não que generais da reserva ou da ativa não tenham competência, mas que é, no mínimo, estranho serem colocados na saúde, justamente no momento mais crucial da saúde mundial, abalada por uma pandemia. E se pensarmos em quantos militares já estão no governo Bolsonaro, a começar por ele mesmo e pelo vice, se constata que a tão almejada “INTERVENÇÃO MILITAR” já está acontecendo, não? Agora as manifestações já podem ser só pela volta do AI-5.

O que nos espera?

A grande questão, agora, não é só o combate à pandemia mundial. O problema será o que o futuro próximo nos espera, sabendo-se que a “pandemia econômica” será também terrível, já que a miserabilidade assolará mais da metade do povo brasileiro. Claro que ainda existirão os “sem noção” que continuarão a insistir “no comunismo” e ignorarão que apenas UM POR CENTO da população detém mais da METADE das riquezas do Brasil. Mas, certamente, o abismo social que nos coloca entre os primeiros do mundo no quesito “DESIGUALDADE”, ficará ainda mais escancarado, trazendo consigo consequências inimagináveis. O desemprego trará PREJUÍZOS imensos não só aos que perderam e perderão seus empregos, mas também aos “riquinhos” e aos “classe média alta”. Acreditem!

Não sabiam, mesmo?

A minha surpresa não foi o número de pessoas que procuraram e procurarão o “auxílio emergencial, que, aliás, o governo propôs que fosse DUZENTOS REAIS e o Congresso mudou para SEISCENTOS REAIS. Para mim, o surpreendente foi haver tantas pessoas que teriam OBRIGAÇÃO de saber o número aproximado, pelo menos. No entanto, erraram feio nas previsões. Os informais, os que recebem o benefício Bolsa Família, os autônomos, etc., superaram as mais pessimistas expectativas.

Últimas

Primeira: Dá para crer que AINDA existam pessoas que acreditaram que o filho de William Bonner se habilitou para receber o auxílio emergencial? Que sequer se deram ao trabalho de CONFERIR o que receberam pelo lixo chamado “redes sociais”?

Segunda: Já se sabe, agora, que “Rafael”, “Airton” e o “paciente 05” tem seus exames negativados quanto ao coronavírus. Esses foram os “apelidos” usados pelo Bolsonaro nos exames que ele diz ter feito. Tranquilidade, portanto!

Terceira: Comunico ao ministério público, a receita federal e estadual, a polícia federal e estadual e a todos os interessados que o meu sigilo bancário, fiscal e patrimonial está aberto a quem quiser, sem necessidade de mandado judicial. Taokey?

Quarta: Só não autorizo a abertura sem mandado ao Fabricio Queiroz (até por não saber por onde anda) e a alguns advogados cariocas;

Quinta: Por que será que há quem lute, batalhe, peça liminar no STF, se esbagace para não ser investigado no tocante às suas movimentações financeiras?

Sexta: Agora serei chamado de “petista-comunista” dentro de 3, 2 ,1… Mas, certamente, ninguém contestará o que escrevi aqui, já que tudo é comprovável;

Sétima: Semana passada comentei sobre o número de vereadores de Bento Gonçalves e a estrutura da Câmara. Recebi e-mails e contatos de pessoas apoiando. E as entidades representativas, apoiam essas reduções, que estão acontecendo em vários municípios? A conferir!

Oitava: Teremos feriados: dia 11/06 e dia 13/06, 5ª feira e sábado. Que tal transferir o feriado do dia 11 para o dia 12? O comércio e a indústria teriam menos prejuízos, não?