Virou confronto!

Quando, ainda na década de 1990, após a eleição de Olívio Dutra para o governo do Estado e diante do que se constatava, recrudescido pela eleição de Lula, escrevi, várias vezes, aqui na Coluna, que o Brasil seria dividido entre APT e DPT, ou seja, antes do PT e depois do PT. Mas, eu assim entendi pensando que, a partir do PT, a população – inclua-se aqui os “donos do Brasil” – passaria a cobrar as promessas de campanha de TODOS os eleitos, sem diferenciar o PARTIDO e coligações oportunistas pelo qual o candidato tenha sido eleito. Porém, o que se viu foi algo fantástico. O que eu imaginei que seriam “cobranças” viraram CONFRONTOS ideológicos absurdos.

Agora triplo!

Deus! O que se tornou um confronto entre petistas e antipetistas – coisas de uma estupidez inominável -, algo assim como “grenalização”, mas com agressividade e até vias de fato, mudou muito a partir de 2018. Com o surgimento da candidatura de Bolsonaro e seu partido, boa parte dos antes antipetistas aderiram à nova facção, o bolsonarismo extremo. A partir da eleição de Bolsonaro, as três facções partiram para o confronto, agora nas redes sociais, mas com a mesma ou maior agressividade.

E ficou assim…

Petistas seguem idolatrando seu partido e Lula; os bolsonaristas fazem o mesmo com Bolsonaro (agora SEM partido, depois de passar por NOVE partidos); os antipetistas continuam contra os petistas, mas mantém certa distância dos bolsonaristas. Ah, sim, e existem também, os “DE BOM SENSO”, que sabem dos males que os adeptos a esse “trio” causam ao Brasil. Raríssimos se dão conta de que não há diferença entre eles. As três facções são exatamente iguais, agressivas e intolerantes, não aceitando o contraditório, as opiniões ou posições contrárias. Querem porque querem ter a RAZÃO e querem a impor, seja do modo que for. E, claro que há UM PERDEDOR nesse confronto fratricida: O BRASIL e seu povo de “BOM SENSO”.

E agora piorando…

E eis que surge um vírus no mundo todo, se tornando uma pandemia. Perigosa, letal, de difícil combate. Autoridades médicas, entidades de âmbito mundial respeitadíssimas, pesquisadores técnicos e científicos, todos com amplas condições de conduzirem o assunto “CORONAVÍRUS” e “COVID-19”, passaram a ser questionadas, com veemência, principalmente no BRASIL, claro. Chegaram a “acusar” TODOS os que pensam e PROVAM teses diferentes de serem “petistas-comunistas”, pouco importando quais seus países de origem.

Haverá união?

Só falta “acusarem” Donald Trump de ser “comunista”, pois está fazendo o contrário do que é pregado por aqui. Eu pensei que, dada a gravidade e velocidade do vírus, que assola o MUNDO, o “trio” político-partidário que assola o Brasil, deixaria de lado a politicanalhada e se uniria no combate ao inimigo comum, O VÍRUS. Mas, o que se vê? Recrudescimento do confronto! Quando o momento é de haver união, eis que a estúpida ideologia fica na vanguarda. Quem acompanha as redes sociais sabe bem do que estou falando.

Eleições

Sempre que temos eleições no horizonte, surgem teses, hipóteses, teorias e, claro, quem gastará mais para conquistar os votos para ser eleito. Depois que acabaram com a farra das doações milionárias de empresas para candidatos (aqui, na coluna, cansei de afirmar que tais “doações” tinham objetivo explícito, escancarado, de obtenção de vantagens imorais e ilegais pelos doadores, o que ficou comprovado com a Lava Jato e, também, por deduções lógicas das que foram “esquecidas” de serem investigadas), os “expertos” criaram “fundos” para extrair dos “fundos” do povo, visando alcança substanciais valores para si e seus partidos. Mas, qual o objetivo primeiro disso tudo? Óbvio, não?

Vantagem para “eles”!

As eleições sempre foram um jogo de cartas marcadas. Os que já estão no cargo ou no poder levam ampla vantagem sobre os eventuais e corajosos candidatos que queiram participar. Se buscam a reeleição, podem dispor de polpudas verbas dos tais de ‘FUNDOS”; se for ligado ao funcionalismo público, de qualquer esfera, obtém “licença” e, pelo que me consta, continua recebendo seus salários normalmente. Como, então, um cidadão “normal” pode pretender entrar para a política? Por que, então, TODOS os candidatos não são obrigados a pagar suas campanhas políticas do próprio bolso? Pois é! E há quem queira “mudar o Brasil”, mas não se fala em mudar essa excrescência. Pobre Brasil!

Últimas

Primeira: Ainda sobre eleições, é sabido que os que são nomeados para cargos de confiança contribuem para o partido. TODOS os partidos, é claro. Então, por que não usam esse dinheiro e mais uma boa parte dos polpudos salários que os eleitos recebem? Segunda: Os brasileiros “normais”, “comuns”, guardam parte do que ganham para amparar seu futuro, mesmo com parcos salários. Por que os políticos não fazem o mesmo, pensando em reeleição, sem depender DO POVO?

Terceira: O povo lhes paga TUDO, desde salários até as mais diversas mordomias absolutamente desnecessárias, incluindo-se exércitos de “aspones”. Já não é hora de tirarmos esse fardo imenso das costas, prezado povo brasileiro?

Quarta: Esta semana, um ministro do Supremo Tribunal Federal determinou que os fundos eleitoral e partidário (bilhões de reais) sejam liberados para auxiliar o combate do coronavírus. Choro e ranger de dentes ocorrerão e o ministro será chamado de “comunista” …no mínimo!

Quinta: Enquanto isso, a politização cancerígena brasileira segue “a mil”. Entrou em cena a CLOROQUINA. Agora, “jênios da medicina” usam as redes sociais. Os bolsonaristas defendem, com unhas, dentes e canhões de Navarone seu uso, imitando Bolsonaro;

Sexta: É inacreditável que haja quem pensa, em pleno uso do cérebro, que MÉDICOS e entidades representativas da saúde, inclusive MUNDIAIS, não queiram que a cloroquina seja usada se ela, realmente, fosse eficaz para todos;

Sétima: “Pelamordedeus”, “experts da internet”! Deixem que QUEM ENTENDE de medicina decida, depois de testada adequadamente, se a cloroquina pode ou não ser utilizada com segurança. É isso que a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE recomenda. Sem partidarismos inconsequentes. E TENHAM TODOS UMA FELIZ E ABENÇOADA PÁSCOA!