Prefeitura afirma ter implementado rondas com forças de segurança e remanejado servidores. Maiores índices foram em 2018

Nem mesmo os mortos têm sossego. Não é de hoje que os cemitérios de Bento Gonçalves têm sido alvos de furtos mirando o cobre, a prata e outros metais valiosos que ornavam túmulos e jazigos.

No mês de janeiro, o Jornal Semanário constatou centenas de sepulcros que sofreram a ação de vandalismo. Na época, o então secretário de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana, Gilberto Rosa, afirmou que estavam estudando possibilidades de monitorar os locais com câmeras de segurança e de admitir novos funcionários. “Os servidores estão sempre remanejados, implementamos rondas com as forças de segurança o que fez com que tais atos diminuíssem consideravelmente tais ocorrências. Quanto a questão de instalação de câmeras, nesse tocante, em função da diminuição das ocorrências, postergamos tal interferência”, argumenta o atual secretário interino, Vanderlei Mesquita.

Denúncias devem ser feitas na Polícia Civil e comunicadas ao setor de cemitério da prefeitura
Foto: Silvestre Santos

O delegado do 2º Distrito Policial, Álvaro Becker, temporariamente afastado do cargo, aponta que neste ano não houve registro de ocorrência dessa natureza. “Teve um período, meados de 2018, que era quase semanalmente”, afirma. As peças furtadas são vendidas. “Prendemos um homem, na época, que comprava para depois revender a familiares que perderam seus entes. O cobre é derretido e vendido pra empresas, muitas delas clandestinas”, complementa Becker.

Denúncias podem ser efetuadas junto à Polícia Civil e também ser comunicadas no setor de Cemitérios da Secretaria.

Aumento na demanda

De acordo com Mesquita, antes da pandemia era realizada uma média de 30 sepultamentos por mês, somados os três cemitérios. Contudo, a demanda atualmente é maior, índice causado pelo coronavírus.

Novos sepultamentos

Conforme preconiza a Lei Municipal, a permissão para que as famílias deixem os restos mortais é de três anos, renováveis por mais três. Findado esse tempo, encaminhamos para as famílias a solicitação da retirada, sob pena de remoção para o ossário, devidamente identificados. O gestor garante que há espaços para novos sepultamentos.

Reportagem do Jornal Semanário constou diversos casos de vandalismo
Foto: Arquivo