Eu pago o maior pau para os evoluídos. Sério mesmo.

Há alguns anos ouvi uma amiga, quase 10 anos mais nova que eu, dizer: “eu não consigo sofrer muito em um relacionamento amoroso. Eu sou egoísta, eu sou mais eu, nunca iria me “rebaixar” ou aceitar algumas coisas. Eu surto mesmo, eu brigo mesmo, e se precisar viro as costas e vou viver sozinha, afinal que mulherão da poha eu sou”.

  • this is a work of art!

Naquele momento eu criei uma admiração sem tamanho, e encontrei algumas pessoas assim no meu caminho. Sério, gente evoluída é outro nível. Mas e os meros mortais? Os que estão vivendo o karma para tentar passar de fase? A gente tem que quebrar a cara pelo menos umas cinco vezes de formas diferentes – e cada vez que isso acontece muda o cabelo, acaba com ele cheio de frizz e ressecado e, mesmo assim, morre sendo trouxa.

  • this is bullsh*t…

Há alguns anos eu via as pessoas indo pra barzinhos, jantares, afins. Fazendo planos de vida e não de final de semana. Sabia que tem gente que não fica até o fim da festa? Até a rapa da última gota de cachaça? E pior: tem gente que não entra em coma alcoólico e não sabe o que é after.

  • this is a work of art!

E eu pensava que nunca deixaria de ser ‘xófen’ espiritualmente, ralando traseira no chão sujo de festas que acabavam com meu físico e meu psicológico por mais ou menos 5 dias úteis após a utilização de toda humilhação disponível.

  • this is bullsh*t…

E tem aquela velha história, que sempre que a minha, que a sua, que a vossa mãe dizia: você vai entender quando crescer, ou quando for mãe. A reação só muda de endereço: olhos revirados, repetir ela silenciosamente pelas costas, acompanhado de uma careta de ‘mimimimi’.

Na minha concepção, não adianta: a gente não gosta do que é fácil, não gosta de aprender no amor. As mães tentam, a vida tenta, todos tentam. Existem sinais em todo o lugar, mas a gente olha e pensa: mas e se eu fizer mesmo assim?

Então, se eu pudesse dizer algo para o meu eu do passado, certamente ele não iria entender e nem saber o que fazer com aquela informação. Conheço bem meu eleitorado. Provavelmente, diria:

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