Venho procurando construir nessa coluna uma visão realista da economia brasileira analisando-a em seus vários pontos há cerca de 10 anos. Acertei inúmeras projeções, não acertei algumas mas sempre procurando ajudar na construção de um Brasil melhor.

Há pouco dias tivemos uma excelente notícia que foi a deflação no mês de julho em 0,68%. Deflação significa que os preços, na média, caíram. Houve redução de preços no IPCA que é o oficial da inflação no Brasil. Esses índices fazem a média ponderada de todos os gastos que os brasileiros tem num período de tempo e comparam esses preços com o período (30 dias) anterior. A variação de preços indica o índice da inflação. Se os preços, na média ponderada considerando a proporção que todos gastam em alimentação, saúde, educação, combustíveis, serviços (etc) aumentou, há inflação. Se diminui, há deflação.

Foi o que ocorreu em julho/22 e está previsto que pode ocorrer também agora em agosto notadamente pela redução dos preços dos combustíveis e energia.

O preço da gasolina caiu 15,48% em junho; o etanol caiu 11,37%; o gás veicular 5,67%; o diesel subiu 4,59%.

Deflação é boa para quase todos, menos os que ganham com inflação alta tipo bancos, sistema financeiro; é excelente para a imensa parcela de todos os brasileiros. Isto é, novamente, muito bom, pois significa que nosso poder de compra melhorou um pouco frente às perdas anteriores. Também, a previsão de inflação desse ano está ao redor de 7 a 8%, menor do que nos últimos 12 meses portanto. Isso também é bom.

Mesmo assim, sempre há quem busque noticiar notícias BOAS com um “mas”, ou seja, a notícia é boa e alguém consegue ir buscar coisas ruins para diminuir o impacto da notícia boa. Ou seja, já noticiam o FATO com comentário. Tivemos deflação “mas” alimentos sobem; tivemos deflação “mas” tomate subiu, algo assim. Analise algumas fontes para ver se não é isso que realmente acontece.

Além da deflação de julho, há a previsão de que o PIB do país cresça 2% esse ano, previsão do governo brasileiro ante muitos que previam crescimento zero ou até negativo no final do ano passado.

Para ficar melhor ainda, o Banco Central deve parar de aumentar a taxa de juros (SELIC) como pedi na minha última coluna.

Portanto, não ouça somente os noticiários em uma fonte de informação. Não leia somente um jornal. Busque sempre analisar os fatos com sua consciência e tendo como fonte vários meios. Assim conseguiremos todos interpretações mais condizentes.

Pense nisso e sucesso.