Em transmissão ao vivo, o superintendente do Hospital Tacchini, Hilton Mancio esclarece que taxa justifica a decisão de colocar o sistema de saúde em estado de colapso. Instituição opera hoje com 131%
Durante a segunda onda da pandemia, o Hospital Tacchini chegou a atender 72 pacientes em estado crítico, atingindo a marca de 140% na capacidade hospitalar. Em transmissão ao vivo, o superintendente da instituição, Hilton Mancio, esclareceu que essa quantidade derivou em um intervalo de tempo de duas semanas. “O que mudou foi que no atual quadro narrado, o número aumentou em três dias. Rapidamente saturamos e não tivemos tempo de reestruturar as demais áreas”, pontua.
O gestor salienta que a casa de saúde dispõe de um médico para cada dez pacientes, sendo um rotineiro e o outro, plantonista. “Estamos com muita dificuldade em fechar a escala médica, porque muitos estão atuando em outras localizações e outros chegaram em um nível de esgotamento físico e mental. Então, temos de um lado a velocidade de internações – existem outras patologias – e a dificuldade de composição de trabalho. Hoje, o nosso teto é com 60 leitos disponíveis”, argumenta.
A situação, segundo Mancio, pode levar a um cenário ainda mais restritivo a partir da semana que vem. “Estamos além da capacidade instalada, esgotamos o plano de contingência, a ponto de não conseguirmos mais acomodar pessoas dentro da estrutura. É extremamente complexo mexer em estruturas paralelas, como banco de sangue, hemodiálise e cirurgias, por exemplo”, conclui.
O atendimento intensivo é preparado para receber até 45 pessoas, ou seja, está acima do índice adequado. O número de leitos clínicos também preocupa, afinal, dos 31 espaços destinados, 38 estavam ocupados.
Foto: Franciele Zanon