A rotina da cozinha sempre esteve presente na vida de Leandro Stanislawski. Segundo ele, a sua relação com a cozinha iniciou nos churrascos de domingo, quando reuniam a família paterna vinda da fronteira. “Foi aí que começou a escola, a maneira correta de acender o fogo, salgar a carne. Aquela refeição era fascinante, a mais esperada da semana”, lembra. Ele também recorda dos veraneios, onde seu passatempo preferido, na infância, era pescar. “Lembro-me de levar, acompanhado do material de pesca, um limão, que pegava pela cozinha ou pelo caminho, essa era a certeza de que a refeição estava garantida. Muitas vezes, para a estranheza de alguns que me cercavam, consumia os frutos frescos recém saídos do mar, com uma gotinha de limão e era delicioso, muito antes de ouvir falar em sushi ou poke (risos). Em uma festa de final de ano, minha tia Márcia, que havia se mudado para os EUA, e trabalhava em um restaurante peruano, preparou um prato, feito com peixe fresco marinado no limão: o ceviche. Aquela refeição me encantou. Ela trouxe uma cultura totalmente diferente para mim até então, mais que um prato foi um convite a adentrar no universo da culinária”, pontua.

Leandro pondera que a cozinha sempre foi um hobby, algo que faz com amor, pois é uma maneira de compartilhar bons momentos com as pessoas próximas. “No começo do ano decidi, por que não fazer do meu prazer o meu trabalho? Assim comecei o preparo de pratos havaianos, como uma atividade secundária a minha de biomédico e hoje já é a minha atividade em tempo integral. Gosto de preparar pratos simples, onde se destaca a qualidade de cada alimento e suas singularidades. Por esse motivo optei por preparar pokes, a forma rústica ao qual os nativos havaianos preparavam seus pescados. Além disso, uma das maiores alegrias que tenho é reunir as pessoas que gosto e preparar um prato que elas também gostem, acredito que essa combinação eterniza momentos”, frisa.

Peixe na bananeira

INGREDIENTES
Prato principal
Peixe fresco inteiro de sua preferência.
Sal
Limão
Lenha ou carvão vegetal
Folhas de bananeira
Opcional: podes adicionar temperos de sua preferência como limon pepper, coentro, alho, cebola e pimentões.

Sobremesa
1 cacho de banana. (Aqui usei a banana pêra, mas pode ser substituída por outra variedade).
Açúcar mascavo

Modo de preparo
Prepare o fogo. Com o peixe já limpo, preferencialmente inteiro, corte rodelas de limão, espalhe-as sobre a parte interna e externa do peixe, assim o limão servirá como tempero e também irá auxiliar na manutenção da umidade durante o cozimento. Salgue à gosto. Envolva o peixe em folhas de bananeira de modo que o mesmo fique totalmente coberto por pelo menos de duas a três camadas de folhas. Quando o fogo estiver em brasa, coloque o peixe sobre a mesma por, aproximadamente, 10 a 15 min cada lado. Retire-o do fogo e sirva em uma gamela ou refratário. Ao remover as folhas, a pele e a escama tendem a saírem juntas naturalmente, restando apenas a carne suculenta para você empratar e compartilhar.

Dicas e truques: para o sucesso desse prato o segredo é a folha da bananeira, que deve ser nova, quando ainda está enrolada. Ela é mais maleável e possui mais umidade não permitindo que o peixe queime.

Sobremesa
Coloque as bananas ainda com casca sobre a brasa, até que atinjam uma coloração escurecida. Remova a parte superior da casca e polvilhe o açúcar mascavo. Volte a banana ao fogo até que o açúcar mascavo derreta.
Sugestão: sirva-as acompanhadas de sorvete, formando uma versão rústica da banana split.