O Museu do Imigrante, um dos maiores símbolos de Bento Gonçalves, completou nesta quarta-feira, 18 de dezembro, 50 anos de atuação, preservando e divulgando a história dos imigrantes que contribuíram para a formação do município. Para comemorar a data, a instituição promoveu um filó aberto ao público, às 18h30, em seu prédio histórico, na Rua Herny Hugo Dreher.

A história do Museu começou em 1965, quando a professora Ancilla Dall’Onder Zat organizou uma exposição com peças e documentos de famílias locais. “Arrecadamos um valioso acervo para a primeira exposição histórica. A criação do Museu foi um desejo da comunidade”, relembra a professora. O museu foi formalmente instituído em 18 de dezembro de 1974, no contexto das comemorações do centenário da imigração italiana, e ganhou seu nome definitivo por meio de um pedido da professora Ancilla e da vereadora Mercedes Cavalet.

Ao longo dos anos, o Museu acumula um acervo de 40 mil itens e abrange diversas categorias, como peças museológicas, documentos, fotos e livros. “O Museu é pulsante e criou um elo coeso com a vida do município. Ele é a biografia de Bento Gonçalves”, destaca a museóloga Deise Formolo.

Em sua exposição permanente, o Museu conta com itens históricos valiosos, como o moedor de uva de 1916, e a réplica da Loba Capitolina, presenteada pelo Governo Italiano. Além disso, aborda temas como vinho, trabalho, ofícios e arte sacra, e preserva objetos de grande significado cultural, como a Nossa Senhora de Czestochowa, trazida pelos imigrantes poloneses.

A Professora Ivani Pelicer, ex-diretora do Museu, destaca o papel fundamental da instituição na preservação do patrimônio cultural e na promoção da identidade local. “O Museu não é apenas um espaço de objetos, mas de saberes e tradições que são transmitidos para as novas gerações”, afirma.

Após um período de fechamento e restauração, o Museu foi reinaugurado em 2016 e, desde então, tem se dedicado à educação patrimonial e à acessibilidade. A instituição recebe grupos escolares e turistas, promovendo visitas guiadas e ações educativas.

Marcus Flávio Dutra Ribeiro, presidente da Associação Amigos do Museu, enaltece a importância do espaço na preservação da memória coletiva. “O Museu é uma joia rara que resgata a história do povo desbravador de Bento Gonçalves, e isso inclui todas as etnias que contribuíram para nossa formação”, pontua.

Em celebração aos 50 anos, o Secretário de Cultura e Turismo, Evandro Soares, destaca que o Museu é fundamental para o reconhecimento das raízes do município. “O Museu do Imigrante é o espaço das memórias que nos conecta ao nosso passado e assegura o reconhecimento dos processos históricos”, finaliza.

Acompanhe mais sobre o Museu e seus projetos no site oficial: Museu do Imigrante.