Chegou a seis, o número de mortes provocadas pela dengue no Rio Grande do Sul desde o início do ano. A mais nova vítima é um homem, de 63 anos, morador de Cruz Alta, no noroeste do Estado. A morte ocorreu no dia 15 de fevereiro e foi confirmada pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde na quarta-feira, 21.

Segundo os dados apresentados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), a situação mais preocupante é na região noroeste onde cinco das seis mortes ocorreram em Tenente Portela (3) e Santa Rosa (1). Há também um óbito registrado em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo.

Em Bento Gonçalves, até o momento, 11 casos foram confirmados desde o início do ano e outros 12 seguem em investigação. No ano passado, o número de pessoas infectadas pela dengue chegou a 190 na cidade. Além disso, uma mulher acabou morrendo por complicações provocadas pela dengue.

No Rio Grande do Sul, são mais de 5,6 mil casos confirmados em 2024. No ano passado, foram mais de 34 mil casos autóctones e 54 óbitos por dengue.

Dengue aumenta o risco de morte em mulheres grávidas

Um estudo da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do estado de São Paulo aponta que as chances de as gestantes virem a óbito por dengue são quatro vezes maiores, se comparadas a uma pessoa comum.

De acordo com a entidade, além do risco maior para as mães, os fetos também têm um risco três vezes maior de morte. Segundo o estudo, além de as gestantes serem grupo de risco, as modificações que ocorrem no corpo da mulher durante a gravidez as vezes podem confundir os médicos e dificultar o diagnóstico.

E, ainda, as grávidas apresentam uma temperatura um pouco mais elevada do que o normal, a respiração delas fica mais rápida pela compressão do abdômen e elas acabam eliminando uma quantidade maior de CO2, o que especialistas dizem que são fatores que atraem o aedes aegypti.

A recomendação é que as gestantes evitem locais com incidência do mosquito, eliminem possíveis focos dentro de casa e utilizem repelente.

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