O governo do México anunciou nesta terça-feira (10) a flexibilização parcial das restrições à importação de carne de frango do Brasil. Com a nova medida, as barreiras sanitárias mexicanas passam a se aplicar apenas ao estado do Rio Grande do Sul, após a confirmação de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro. Antes, o país mantinha restrições mais amplas, atingindo a produção nacional como um todo.
Apesar do alívio parcial vindo do México, o cenário internacional segue adverso para o setor avícola brasileiro. Em sentido oposto, a Mauritânia decidiu suspender completamente a importação de carne de frango do Brasil. Já Omã adotou uma abordagem intermediária, restringindo apenas os produtos originários do Rio Grande do Sul.
Com essas atualizações, o Brasil soma agora 20 países e o bloco da União Europeia com suspensão total das exportações de carne de frango. Outros 19 países adotaram restrições apenas ao estado gaúcho, enquanto quatro nações impuseram limitações específicas aos produtos oriundos de Montenegro (RS).
Situação atual das restrições:
- Suspensão total das importações: países como China, União Europeia, Coreia do Sul, Argentina, Canadá e África do Sul estão entre os que interromperam completamente as compras da carne de frango brasileira.
- Restrição ao RS: inclui México, Reino Unido, Arábia Saudita, Rússia e Omã.
- Restrição específica a Montenegro (RS): adotada por Emirados Árabes Unidos, Japão, Catar e Jordânia.
O Ministério da Agricultura informou que segue em diálogo com autoridades sanitárias dos países importadores para esclarecer a situação e retomar as exportações o quanto antes. A pasta reforçou que o foco identificado no Rio Grande do Sul foi rapidamente controlado e que as medidas de biossegurança continuam sendo adotadas para evitar novos casos.
A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade não afeta diretamente a carne de frango destinada ao consumo humano, mas a simples detecção do vírus costuma ser suficiente para acionamento de protocolos sanitários internacionais, afetando diretamente o comércio exterior do setor.
O Rio Grande do Sul é um dos principais polos de produção avícola do país, e as restrições regionais ou nacionais têm impacto direto nas exportações e na cadeia produtiva do agronegócio brasileiro.
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