Durante a Operação Nacional Maria da Penha, policiais intensificaram os esforços de proteção a mulheres por meio das fiscalizações de medias de segurança, visitas as vítimas e policiamento ostensivo

No dia 29 de agosto, teve início a 2ª edição da Operação Nacional Maria da Penha, que busca intensificar o combate ao feminicídio e à violência doméstica contra mulheres. As ações seguiram por um mês, tendo o encerramento oficial decretado na terça-feira, 27 de setembro. Em Bento Gonçalves, a Patrulha Maria da Penha foi a responsável por trabalhar esse tema de forma mais incisiva. No município, 67 novas ocorrências de violência doméstica familiar contra a mulher foram registradas nesse período. Portanto, em um mês, a cada dia, mais de duas mulheres acabaram sendo vítimas desse tipo de crime.

Seguindo a ordem de serviço, e visando diminuir o número de atos violentos, o responsável pela patrulha, sargento Marcéu Martinbianco Ribeiro, juntamente com os soldados Cíntia Oliveira da Silva e Marco Aurélio Dias, realizou a fiscalização de 72 medidas protetivas de urgência. Os policiais visitaram vítimas pós ocorrência. Além dos lares, a guarnição esteve presente em 21 estabelecimentos comerciais, com ações de conscientização acerca do tema, com entrega de material. Nesses locais, breves palestras foram feitas.

No lançamento da operação, os policiais distribuíram cards

Ainda dentro da Operação Nacional Maria da Penha, o Fórum da 2ª Vara Criminal da Capital Nacional do Vinho recebeu 20 novas medidas protetivas de urgência. Agora, o total de medidas ativas chega a 143, sendo que nesse período de um mês, 11 delas expiraram. Em todo o combate à violência contra a mulher, a patrulha também realizou um mandado de busca e apreensão.

A coordenadora do Centro Revivi e Coordenadoria da Mulher, Patrícia Da Rold, que esteve presente no evento de abertura da operação, entende que essa campanha é de suma importância, pois aumenta a sensação de segurança das vítimas. “Nossas usuárias, que são acompanhadas no centro pelas nossas profissionais, sempre relatam que se sentem seguras e protegidas com esse acompanhamento da Patrulha Maria da Penha. Por isso, a gente parabeniza a Brigada Militar pela ação”, enfatiza.

Agentes da Patrulha Maria da Penha, junto com a estagiária Karlen Danyelle de Lima, receberam uma referência elogiosa

Violência contra a mulher

Em 2022, de janeiro a agosto, Bento Gonçalves já acumula 231 casos de ameaças contra mulheres, conforme aponta relatório da Secretaria de Segurança Pública do Estado. O mês mais recente do estudo foi, até então, o mais violento nesse âmbito, com 37 ocorrências. Nesse mesmo período, a cidade também soma 176 vítimas de lesão corporal. No caso dos estupros, o município chegou aos 21 registros, com uma média aproximada de três a cada trinta dias.

Fotos: Brigada Militar/Divulgação