O estado do Rio Grande do Sul enfrenta um aumento alarmante no número de mortes relacionadas à leptospirose desde as enchentes ocorridas em maio deste ano. Segundo o informe epidemiológico mais recente da Secretaria Estadual da Saúde (SES), divulgado na quinta-feira, 18, o número de óbitos confirmados pela doença subiu para 26. A mais recente vítima é uma mulher de 68 anos, residente em São Jerônimo, que faleceu no dia 29 de maio. A SES também investiga outros seis óbitos suspeitos.
A leptospirose é uma doença bacteriana aguda transmitida principalmente pela urina de animais infectados, especialmente ratos, que contaminam águas de enchentes e lamas. A exposição direta ou indireta a essas águas aumenta o risco de infecção, e os sintomas podem aparecer de cinco a 14 dias após o contato, podendo se estender até 30 dias.
Os sintomas comuns incluem febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (especialmente na panturrilha) e calafrios. Em casos graves, podem ocorrer tosse, falta de ar, alterações urinárias, icterícia e até arritmias cardíacas. A letalidade da leptospirose pode chegar a 40% em situações mais críticas.
A população é orientada a procurar atendimento médico imediato ao apresentar os primeiros sinais da doença, especialmente em áreas afetadas por enchentes. Nos municípios sem serviços de saúde disponíveis, a recomendação é buscar ajuda em abrigos, albergues ou ginásios.
Medidas preventivas incluem evitar o contato direto com águas de enchentes, usar luvas, botas ou calçados impermeáveis ao lidar com áreas alagadas e nunca ingerir água ou alimentos potencialmente contaminados. Pessoas com cortes ou ferimentos devem proteger essas áreas para evitar o contato com água contaminada.
Foto: Lauro Alves / Secom