A Serra Gaúcha é berço do vinho e do espumante. Destas bebidas, as vinícolas, entre elas as da Famiglia Valduga, se acostumaram com prêmios nacionais e internacionais, atestando a qualidade de seus vários processos até o produto final. Agora, a região também está conquistando prêmios e se tornando referência em outra bebida, a cerveja. A prova está na Cervejaria Leopoldina, que faz parte da Famiglia Valduga, trouxe para a região medalhas de ouro, prata e bronze com três de seus rótulos obtidos no 7º Concurso Brasileiro de Cervejas.

Em Blumenau, tradicional local do evento, a Leopoldina se juntou com outros 3.115 rótulos de 156 estilos diferentes, todos participantes do concurso, um acréscimo de 9% em relação a última edição do evento realizada em 2018. A edição deste ano contou com um para 115 jurados, sendo 62 brasileiros, de 11 estados diferentes, e 59 estrangeiros vindos de 24 países. Alguns deles fazem parte da Brewers Association, associação americana com mais de sete mil cervejeiros artesanais e empresas do ramo, uma das grandes fomentadoras do mercado cervejeiro nas Américas e no mundo.

Para o concurso, a Leopoldina levou três de seus 13 rótulos fabricados: a Russian Imperial Stout, Red Ale e a Barley Wine. A qualidade e sabor dos produtos passaram pelos testes do corpo de jurados e recebeu grande destaque, tendo em vista, que todas foram reconhecidas com prêmios.

A Barley Wine, que deve ser lançada oficialmente pela cervejaria nos próximos dias, recebeu a medalha de ouro, na categoria Aged Beer. O mestre cervejeiro, Rodrigo Veronese, dá detalhes da cerveja. “É uma cerveja de extrema complexidade de produção. Ela tem a técnica do vinho em sua elaboração. É uma cerveja de dois anos atrás, com 14% de álcool. Não é feita com vinho ou uvas, apenas técnicas e cuidado na elaboração. Essa cerveja não tem gás e é servida quente, ao contrário das demais, lembra vinho licoroso.”, valoriza.

Na categoria British-Style, a Leopoldina Russian Imperial Stout, levou a prata e na Strong Ale, a Red Ale ficou com o bronze. Veronese dá detalhes de suas composições. “Na Imperial Stout, também se utiliza mais técnicas do mundo do vinho. Matura por seis meses, tem refermentação na garrafa, igual a uma champenoise, 9% de álcool, é escura, forte e com prazo de três anos na garrafa. Já a Red Ale tem 6,5% de álcool, tom mais avermelhado, com notas de caramelo e com grande aceitação pelo público”, exalta.

Prêmios que segundo o cervejeiro, atestam a qualidade dos produtos desenvolvidos dentro da Leopoldina. “É importante porque a Famiglia Valduga ao longo do tempo vem se especializando em diferentes produtos, sempre com excelência e qualidade. É a consolidação do trabalho que iniciou lá em 2015, com investimento, tecnologia e processos que garantem a credibilidade de fazer produtos inovadores. Foi o reconhecimento de tudo isso, dentro do nosso padrão de alta qualidade”, comemora.

Ainda de acordo com Veronese, além da dourada Barley Wine, a Leopoldina deve colocar no mercado nos próximos dias a Vitis que leva 25% de Chardonnay da Casa Valduga, em sua composição após a fermentação da cerveja.

Outros números da Cervejaria Leopoldina

A cervejaria produz mensalmente de 30 a 35 mil litros. Mas sua capacidade máxima pode chegar a até 50 mil litros do produto. Além de atender o mercado interno, principal foco da indústria, a Leopoldina ainda exporta suas cervejas para o Chile.