No primeiro semestre deste ano, Bento Gonçalves movimentou US$ 21 milhões em importações e US$ 43 milhões em exportações. Os produtos que figuram entre os mais comprados do exterior são cones de lúpulo, borracha sintética e vinhos de uvas frescas. Já os itens mais exportados foram móveis, máquinas de envase e sucos de uva.
Os dados são do AliceWeb, sistema do Governo Federal que contabiliza o total de exportação e importação dos municípios. Informações demonstram que as exportações vêm em oscilação constante desde 2015. O valor em comércio para o exterior teve um teto em 2014 em relação aos demais anos, movimentando um total de US$ 53 milhões.
Já no caso das importações, o total movimentado também foi mais alto em 2014, correspondendo a aproximadamente U$ 34 milhões. Em 2015 e 2016, respectivamente, a compra de produtos do exterior totalizou U$ 23 milhões e U$ 16 milhões.
O caso atípico dos vinhos
Bento Gonçalves é uma das principais produtoras de vinho do Brasil, mas, ao mesmo tempo, o produto figurou no ranking dos mais importados pelo município no primeiro semestre de 2017, no indicador de volume de negócios, ficando atrás somente de dois itens. De acordo com informações do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), a alta nas importações da bebida é reflexo da quebra de safra do ano anterior e a tendência é que haja redução de importações no próximo ano.
De acordo com informações do AliceWeb, o valor total de vinhos importados para Bento Gonçalves aumentou 66% em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto neste ano o montante correspondeu a US$ 1,4 milhões, de janeiro a julho de 2016, o total importado foi de US$ R$ 479,9 mil. Consequentemente, a quantidade também aumentou consideravelmente.
Segundo o gerente de Promoção do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Diego Bertolini, a alta nas importações é decorrente da quebra de safra de 2016, uma vez que empresas tiveram de comprar o produto para garantir o abastecimento do mercado. “Os estoques caíram lá embaixo, tivemos falta de vinhos para espumante e, principalmente, de vinho de mesa. Grande parte da uva hibrida americana foi destinada para o suco de uva”, ressalta.
Com a normalização da safra neste ano, a expectativa do gerente de promoção é que haja redução nas importações. Segundo Bertolini, as vinícolas tiveram a preocupação de não deixar que alguns produtos desaparecessem do mercado, apesar da redução significativa da produção, decorrente da safra de 2016.”Tem empresas no setor que trabalham com importadoras”, complementa.
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