Desde segunda-feira, 2, e durante os próximos cinco meses, quase 19 mil recenseadores irão visitar mais de 5,3 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o país. Em Bento Gonçalves, o Posto de Coleta localizado na Avenida Osvaldo Aranha e vai atender cinco municípios. A coleta de dados será inteiramente digital e as operações serão monitoradas via internet. O Censo Agro também vai subsidiar a criação uma nova pesquisa anual do IBGE: a Pesquisa Nacional por Amostra de Estabelecimentos Agropecuários.

Ao longo de cinco meses de pesquisa, os recenseadores irão visitar estabelecimentos agropecuários, levantando informações sobre a área, a produção, as características do pessoal ocupado, o emprego de irrigação, o uso de agrotóxicos, entre outros temas. O importante papel da agricultura familiar na produção agropecuária do país será investigado mais uma vez. Os resultados do Censo Agro 2017 devem começar a ser divulgados pelo IBGE em meados de 2018.

Coleta será digital e monitorada via internet

Em 2017, a coleta de dados do Censo Agro 2017 será inteiramente digital, através dos Dispositivos Móveis de Coleta (DMCs). Esses dispositivos rodam um aplicativo inteiramente desenvolvido pela Diretoria de Informática do IBGE e serão capazes de mostrar a imagem do setor censitário, a posição do recenseador no terreno e os endereços dos estabelecimentos a serem recenseados.

Através do DMC, também será possível identificar novos estabelecimentos e cadastrá-los. Além disso, para garantir que as informações sejam coletadas no setor determinado, o sistema utiliza o GPS e, inclusive, não permite que o questionário do Censo Agro seja aberto fora do local correto.

O novo sistema também vai melhorar a crítica dos dados, orientando os recenseadores durante a coleta, para que o questionário seja preenchido de forma correta. À medida que o recenseador coleta as informações, os dados já começam a ser transmitidos e conferidos.

O trabalho em Bento Gonçalves

Foi montado junto ao prédio da Coordenadoria de Tecnologia de Informação e Comunicação (CTEC) na Avenida Osvaldo Aranha um posto de coleta que vai trabalhar exclusivamente para o Ceso Agropecuário de 2017. Ele vai gerenciar os municípios de Bento Gonçalves, Pinto Bandeira, Monte Belo do Sul, Santa Tereza e Coronel Piral que terá cinco supervisores que irão, naquele ponto, fazer as coletas do que é pesquisado pelos 14 recenseadores que atuarão na região (3 em Monte Belo do Sul, 5 em Bento Gonçalves, 2 em Coronel Pilar, 2 em Santa Tereza e 2 em Pinto Bandeira).

Ricardo Bottega, coordenador de subárea do IBGE de Bento, enfatiza que o censo não será feito para determinar a população de cada cidade, “mas sim para levantar as características do setor primário, com informações da agropecuária, total de área cultivada com qual tipo de produção agrícola”, observa. Para que a pesquisa seja realizada com sucesso, Bottega salienta a necessidade do agricultor receber o recenseador e responder aos questionamentos com seriedade. “Será questionado, por exemplo, como está distribuída a área da propriedade, que ele informe alguma característica do local e quantos hectares são utilizados para lavoura, criação animal ou até mesmo apicultura”, comenta o coordenador.

Identificação

Uma das novidades deste Censo Agropecuário é a possibilidade de confirmar a identidade do recenseador através do QR Code que cada um deles levará no crachá, localizado no lado esquerdo do peito do colete. O código pode ser lido pelo celular e redirecionará diretamente para o site do IBGE, que fará a checagem. No crachá também poderão ser encontrados outros dados, como o nome completo do recenseador, sua matrícula, identidade e validade das informações ali constantes, além da foto do agente de coleta.

O último elemento de identificação do recenseador é o DMC (Dispositivo Móvel de Coleta) que cada um deles estará portando no momento da aplicação do questionário. O dispositivo é obrigatório, pois é justamente nele onde os agentes registrarão os dados de cada estabelecimento, assim como o georreferenciamento de cada propriedade.