O Hospital Tacchini realizou, na semana passada, a primeira captação de múltiplos órgãos de 2024. O procedimento ocorreu após a autorização dos familiares do doador, uma criança de 7 anos, que recebeu o diagnóstico de morte encefálica horas antes.

A captação, que ocorreu no dia 10, no Centro Cirúrgico do Hospital Tacchini, permitiu a captação de rins, córneas e válvulas cardíacas. Os órgãos foram doados a pacientes compatíveis cadastrados por ordem de prioridade na Central de Transplantes do Estado. 

A captação foi realizada a partir de uma parceria entre profissionais do hospital bento-gonçalvense e equipes de médicos cirurgiões e enfermeiros da Santa Casa de Misericórdia, de Porto Alegre. Após a captação, a equipe multiprofissional retornou para a capital do Estado, onde os pacientes que receberam os órgãos esperavam pelo transplante. 

As etapas da doação

Apesar de ser um momento doloroso para familiares e amigos do doador, a captação múltipla de órgãos é uma oportunidade de salvar até 8 vidas. O primeiro passo para viabilizar qualquer doação é a confirmação de morte encefálica do paciente. Ela é realizada por meio de dois exames clínicos e um exame de imagem, efetuado em intervalos de tempo diferentes. Após isso, é preciso buscar a aprovação da família para o procedimento. 

“A decisão pela doação é realizada em um momento de muita dor para os familiares. Ao mesmo tempo, o encerramento de uma vida pode significar um recomeço para várias outras. Enxergar ali uma oportunidade de aumentar ainda mais o legado de bondade e amor de um ente querido pode trazer um pouco de conforto nessas horas”, descreve a enfermeira responsável pelo CIHDOTT do Hospital Tacchini, Ana Turmina.

A permissão dos familiares dá início a uma corrida contra o tempo para encontrar doadores compatíveis a partir da Central de Transplantes do Estado. A partir dessas definições é que inicia a mobilização dos profissionais de saúde que vão realizar a captação. 

Fonte e foto: Hospital Tacchini