A gasolina, nos últimos anos tornou-se uma das principais reclamações para quem faz uso. O motivo é o preço que o consumidor final encontra nos postos. A reportagem fez uma pesquisa para descobrir o quanto a gasolina subiu nos cinco primeiros meses do ano e conversou com quem a utiliza diariamente.

Entre janeiro e maio de 2019, a gasolina subiu em média R$0,50 centavos. Na primeira semana do mês de maio, em alguns postos, era possível encontrar a gasolina por R$4,99. Hoje, o preço encontrado nos postos está variando entre R$4,69 e R$4,89.

Valor da gasolina nos cinco primeiros meses de 2019 em Bento Gonçalves

O agricultor Paulo Gabardo mora no interior e depende diariamente do combustível para fazer a entrega dos produtos na cidade. Ele é uma das tantas pessoas que está sentindo o peso no bolso. “Estou abastecendo, colocando diesel para o trator, gasolina para a motosserra, caminhoneta também. Pulverizador, roçadeira, caminhoneta, trator, uso tudo para trabalhar, então o preço é muito caro e pesa. Ninguém merece pagar tudo isso de gasolina”, queixa-se.

O agricultor Paulo Gabardo faz uso constante da gasolina e sente o peso das altas

Gabardo afirma que não pode repassar esse preço na roça, fazendo com que o combustível se torne ainda mais caro. “A gente usa pra trabalhar, então deveria ser um preço um pouco mais barato. Antes a gente colocava cem reais e enchia o tanque, hoje com cem reais dá vinte litros, é muito pouco”, compara.

Marcelo Paese, gerente no posto Cavalleri, admite que com as altas dos combustíveis a demanda caiu bastante. “A procura está mais baixa que no ano passado. Os clientes acabam diminuindo o consumo. A nossa expectativa é que o preço estabilize, que de uma pequena baixa para o pessoal poder voltar a consumir e poder rodar mais com os veículos”, comenta Paese.

No posto Zambum, localizado no Bairro São Roque, o gerente Flávio Pacífico descreve o mesmo cenário: pouco movimento. “Desde o começo do ano houve redução, o o primeiro trimestre já é de vagar, só que a gente esperava uma melhora depois das voltas às aulas, mas não aconteceu até agora”, alega.

Pacífico conta que comparando os cinco primeiros meses desse ano, com do ano passado, é visível a redução de clientes. “As pessoas comentam bastante que pelo preço aumentando toda hora vão começar a ir trabalhar com a van da empresa, outros vão comprar uma moto por ser mais econômica e deixar o carro mais para o final de semana. Aqueles que têm moto estão começando a usar mais para economizar, porque o preço está complicado, é o que a gente escuta sempre dos clientes”, finaliza.