Até o dia 31 de outubro, o Museu do Imigrante em Bento Gonçalves sedia a exposição “A Arte pra Cego Ver”, do fotógrafo Helio Alexandre, conhecido como Haos. A mostra traz biografias de artistas visuais locais, utilizando a técnica da foto-descrição para tornar o conhecimento artístico mais acessível a pessoas com deficiência visual.
Com o intuito de promover uma cidadania cultural mais ativa, a exposição permite que o público se conecte de forma mais profunda com a arte, destacando a importância da inclusão. Os artistas retratados incluem nomes como Gilberto Marcos Schenatto, Eliane Averbuck, Eliane Pasquetti, Silvio Klima, Alex Nuñes, Vildete Dal Belo Pessutto, Anastácio Dietrich Orlikowski, Mauri Menegotto e Ernani Cousandier.
Alexandre compartilha sua experiência e o impacto da mostra. “Fiquei impressionado com o sentimento das pessoas com deficiência visual em relação à exposição. A acessibilidade deve ser universal, abrangendo surdos e pessoas com deficiência. A foto-descrição foi essencial para que todos entendessem a importância do trabalho artístico. É fundamental que mais artistas adotem técnicas e recursos que promovam a inclusão”, afirma
A museóloga Deise Formolo também enfatiza a importância de quebrar barreiras e promover o acesso cultural a todos. “A Sala de Exposições sempre teve a missão de oferecer experiências culturais, artísticas e estéticas. A mostra do Haos demonstra que o público com deficiência visual deve ocupar esses espaços e interagir com a arte. Projetos como este são essenciais para fomentar um diálogo ativo e uma sociedade mais inclusiva”, destaca.
Após sua passagem pelo Museu do Imigrante, “A Arte pra Cego Ver” seguirá para outros locais, como o Cenecista, o IFRS e a Praça CEU, ampliando ainda mais seu alcance e promovendo a inclusão em diferentes espaços da cidade.
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