Em julho último, eu havia decidido que não mais escreveria esta coluna. Ao longo destes trinta e nove anos em que ocupei este espaço no Jornal Semanário tive grandes momentos. Momentos de realizações diante de acertos em previsões que fiz, momentos e decepção por não haver sido entendido – falha na comunicação que efetuei? – e recebido severas críticas de parte de leitores. Mas, sempre me sentindo ciente do dever cumprido, na medida em que absolutamente tudo o que escrevi e opinei foi após intensa pesquisa. Tanto que lancei inúmeros desafios aos leitores para que contestassem, caso quisessem, o que havia afirmado e nunca isso aconteceu.

Para ficar?
Sim, caso meus leitores entendam que devo continuar a manifestar opiniões neste espaço. Havia decidido a não mais escrever, mas foram tantos os pedidos, tantos os contatos dos leitores que fui sensibilizado e resolvi atendê-los e votar com a Coluna. Claro que sei que muitos vibraram com a ausência da Coluna, mas eles foram vencidos pelos que a queriam de volta. Então, eis-me aqui, novamente, com o desejo de ficar, sim! E alicerçado nas mesmas ideias e opiniões que marcaram, indelevelmente, esta Coluna. Como sempre, meu e-mail vai publicado também, com o objetivo de que os leitores o utilizem para concordar, apoiar, criticar, discordar. Para concluir este introito, quero agradecer a todos pelo apoio, pelo incentivo e pelos pedidos para que retornasse. Obrigado, prezados leitores!

 

Novo Plano Diretor

Bento Gonçalves está prestes a ver a Câmara de Vereadores discutir e votar, aprovando ou não o chamado “Novo Plano Diretor”. Muita gente não parou, ainda, para tentar saber o que e de que forma esse Novo Plano as afetará. Sim, porque, obrigatoriamente, obviamente um plano diretor afeta a todos os munícipes de alguma forma. Portanto, prezado leitor, fica a sugestão para que se interesse em saber tudo isso, antes que seja tarde. Aliás, há muito, ainda para ser explicado, não é mesmo?

É só falta de respeito?

Que as rodovias necessitam de manutenção todos sabem e querem ver isso. Mas, por que na véspera de um feriado eles decidem recuperar o asfalto de uma rodovia importantíssima como a RS-240? Por que não fazem esse trabalho à noite, quando o movimento de veículos reduz drasticamente? No dia 1º de novembro, fila de mais de 10 km, no sentido interior/capital aconteceram. Por quê?

O preço da gasolina

O grande gestor que foi guindado ao cargo de presidente a Petrobrás decidiu que a gasolina deveria seguir os preços internacionais. Diante dessa “nova política” de preços, está ocorrendo um sobe/desce no valor das bombas. O consumidor, massacrado, como sempre, por esse tipo de “política”, assiste a tudo inerte, submisso, cordato, como um bando de ovelhas pastoradas por um cão amestrado. Quem está ganhando com isso?

Não é o consumidor…

Sem dúvidas, as distribuidoras e os postos de combustíveis. Quando sobem os preços é imediatamente. Quando caem, como sexta e sábado passado, ninguém viu um centavo de redução. Ah, sim, o diesel também está inserido nesse contexto. Mas, a inflação, mesmo com o aumento de mais de 30% nos combustíveis e 50% no gás de cozinha, “está baixando”. Pelo visto, não é só a Xuxa que acredita em duendes…

E A RS-446?
Perguntei ao Secretário Pedro Westphalen, quando da sua palestra na reunião-almoço promovida pelo CIC/BG, quando aquele festival de “quebra-molas invertidos”, existentes logo após São Vendelino, seriam reparados. Num percurso de quase um quilômetro são vários, submetendo a suspensão dos carros a impactos. Ele disse que o DAER, de Bento Gonçalves, seria o responsável. Cabe perguntar, então: é para quando, senhor Coordenador?

Vendendo o sofá?

Todos sabem da velha máxima, aquela do marido traído no sofá pensou em resolver o problema vendendo o sofá. Pois bem, no Rio Grande do Sul estamos prestes e assistir nosso governo “vendendo o sofá”, novamente. Sim, o ex-governador antonio brito, depois de quintuplicar a dívida do Estado (foi a RBS, Jornal ZH, quem apresentou relatório sobre os governadores e o crescimento da dívida), procedeu uma privataria da CEEE e CRT, além das rodovias) e ficamos nós, povo, com as monstruosas dívidas dessas estatais para pagar. Resolveu? Obviamente, não! Agora Sartori vem com o mesmo discurso. Resolverá? Claro que não! Até os paralelepípedos irregulares da rua Angelo Salton sabem disso. Voltarei ao assunto, certamente.

Últimas

Primeira
Um aluno desmaiou de fome numa escola de Brasília. Morador da periferia, foi à escola em total jejum por falta de comida em casa. Conheço gente que aconselharia sua mãe a ser “empreendedora”. Eles ensinariam esses pobres “a pescar”;

Segunda
Aliás, os dados divulgados apontam que nos últimos onze anos a inflação para os mais pobres foi de 102% e para os mais ricos, 86%. Bolsa-família para quê, né? Para esses pobres investirem em viagens ao exterior?

Terceira
Muito brevemente começaremos a ver e ouvir a política intensa das campanhas das eleições de 2018. Aqui, em Bento, será que, mais uma vez, teremos dezenas de candidatos à deputação ao invés de um ou dois com chances de vencer? Quem viver, verá!

Quarta
E por falar em campanhas políticas, aqueles horários de rádio e TV, nos quais os partidos colocam seus representantes a falar, estão cada vez mais ridículos. Eles continuam pensando que os brasileiros são perfeitos idiotas, sempre alienados;

Quinta
Nesse tempo todo, continuei passando pela Praça da Igreja de São Bento. Centenas de pessoas ali, crianças brincando, uma beleza. Mas, e os sanitários públicos? Nada, ainda. Mesmo com dinheiro da Caixa Federal disponível.