O templo budista de Três Coroas é o primeiro templo tibetano tradicional da América Latina. É uma ótima opção de passeio para se fazer no feriado, o local está há apenas 147 km de Bento Gonçalves e fica no alto de uma montanha, abrigando retiros, construções ornamentadas e adereços que fazem parte desta cultura.

Chagdud Gonpa Khadro Ling é a sede sul-americana de uma rede de Centros de Budismo Tibetano Vajraiana fundado por Sua Emª Chagdud Tulku Rinpoche em 1995. Com o falecimento de Rinpoche em 2002, os centros estão sob a direção espiritual de Chagdud Khadro, sua esposa. Em tibetano, Kha significa “céu”; Dro significa “mover-se”, “ir”, “dançar”; e Khadro é a tradução de Dakini, palavra associada a um aspecto da energia iluminada na forma feminina. Já Ling significa “local”. Uma tradução possível para Khadro Ling, então, é “Morada das andarilhas do céu”.

Templo Terra Pura

Cerca de 50 praticantes do Budismo Tibetano Vajraiana moram no Khadro Ling. São pessoas de vários locais do Brasil e do mundo, que foram para lá com o objetivo de priorizar a prática espiritual e auxiliar nas atividades diárias necessárias à manutenção da Fundação Chagdud Gonpa. Toda a estrutura do centro é mantida por doações.

Além da construção principal do templo, que apresenta riqueza em detalhes e adereços, que vão desde as paredes, aos utensílios, e até no teto, há outras atrações que ser visitadas gratuitamente, como:

  • Rodas de Oração, cilindros rotatórios com pinturas coloridas, tendo como cor principal o vermelho. Cada um contém milhares de mantras que giram em sentido horário, sem parar. Conforme a tradição budista, o movimento giratório das rodas, gera uma energia que se eleva ao céu e traz equilíbrio ao planeta;
  • As Estupas, monumento construído sobre os restos mortais de uma pessoa importante dentro da religião budista. Elas representam também a mente de Buda. No templo budista de Três Coroas há oito delas, enfileiradas em um terreno desnivelado;
  • A estátua do Buda Akshobia, obra super ornamentada, com uma grande riqueza de detalhes. As cores que mais se destacam são o azul e o rosa;
  • A estátua do Guru Rinpoche, um dos principais mestres a levar o budismo Vajraiana ao Tibet. Ele é considerado o segundo Buda, ou o Buda do Tibete;
  • As bandeiras com mantras e preces, que tem como finalidade espalhar bênçãos pela região. É como se o vento da montanha que movimenta as bandeiras espalhasse as orações escritas nelas;
  • Jardim das 21 Taras, a mãe da compaixão, na cultura budista e representa a generosidade suprema. O belo jardim tem em sua parte central uma espécie de quiosque onde ficam as 21 estátuas, que foram esculpidas em arenito, por artistas de Orissa, na Índia;
  • Templo Terra Pura, uma belíssima construção com arquitetura na forma tradicional ocidental. O local abriga a Estupa com as cinzas de Chagdud Tulku Rinpoche, além de painéis nas paredes que ilustram e contam a sua história;
  • Livraria do templo, onde é possível encontrar obras literárias sobre o budismo e artigos religiosos sobre esta crença.
Jardim das 21 Taras

Ademais dos templos e monumentos, o complexo é composto por uma comunidade de moradores. Estes, além de trabalhadores voluntários, são responsáveis pelas atividades e também pela manutenção do local. Para quem quiser participar, o templo oferece práticas de meditação abertas ao público, aos domingos, às 8h. Recomenda-se chegar com 15 minutos de antecedência.

Horários de funcionamento:

Quinta-feira e sexta-feira – 9:30 às 11:30 e 14:00 às 16:30

Segunda-feira, terça-feira e quarta-feira – fechados para visitação

Finais de semana e feriados – 9:30 às 16:30

Fotos: Divulgação

Fonte: www.templobudista.org