O câncer colorretal é a malignidade mais comum no trato grastrointestinal. Estima-se que um em cada 18 indivíduos será afetado por CCR ao longo da vida, o que corresponde a uma incidência global de cerca de 6%. Se considerarmos a incidência por sexo, há uma discreta predominância entre as mulheres que representam cerca de 51% dos casos. A causa específica do CCR não é plenamente conhecida, entretanto, vários fatores de risco genéticos e ambientais foram associados à doença.
O diagnóstico precoce é primordial para o sucesso do tratamento. São vários os métodos utilizados para a detecção desse tipo de câncer, a saber:

Anamnese

Uma conversa entre médico e paciente, investigando fatores de risco como antecedentes familiares, hábitos e estilo de vida como alcoolismo e tabagismo, alterações quanto a hábitos fisiológicos (alteração no formato, cor e frequência das evacuações, presença de sangue nas fezes, entre outros) podem revelar pistas importantes sobre a doença.

Exame físico

Um exame completo e detalhado do paciente, com ênfase no abdômen e exame proctológico (toque retal) pode dar indícios e até detectar determinados cânceres com alta fidedignidade. O toque real, nesse prisma, tem importante papel na descoberta de tumores de reto, principalmente aqueles localizados próximos ou junto à margem anal.

Exames laboratoriais

Alguns tumores tem como manifestação inicial anemia, alteração essa que pode ser detectada em um simples exame de sangue (hemograma). Há também marcadores tumorais que, apesar de não servirem para o diagnóstico, após confirmada a doença, podem dar sinais do estágio da mesma. Um exemplo é o Antígeno Carcinoembrionário (CEA) que quando apresenta valores superiores a 15 ng/ml pode indicar doença avançada.

Exames de imagem

Enormes foram os avanços percebidos na qualidade e precisão dos exames de imagem nos últimos anos. Atualmente é possível identificar lesões suspeitas de malignidade com tamanho bastante reduzido (algumas com cerca de um centímetro ou menos). Dentro dessa categoria estão inclusos RX, as ecografias, tomografias computadorizadas, ressonâncias magnéticas, entre outros.

Exames endocópicos

Talvez os mais importantes de todos, pois em alguns casos, além de detectar, podem remover lesões suspeitas. Há exames que investigam parte do intestino grosso (como a retossigmoidoscopias rígida e flexível que avaliam a porção final dos cólons e o reto) e exames que podem avaliar todo o intestino grosso como a colonoscopia. Esse último é o mais importante de todos e está indicado para todas as pessoas com mais de 50 anos de idade, mesmo que sem sintomas, ou antes, a depender das alterações apresentadas pelo paciente ou do histórico familiar de CCR.
Apesar de serem abordados em separado para facilitar o entendimento e utilidade dos diferentes grupos de exames, geralmente são utilizados em associação para aumentar a sensibilidade e fidelidade do diagnóstico.

Consulte um especialista da área regularmente (médico coloproctologista) e tire suas dúvidas sobre o assunto.