Evento na Rua Coberta terá música, arte e muito Rock And Roll
Nesta quarta-feira, dia 13 de julho, é o Dia Mundial do Rock, estilo que revolucionou a música nos Estados Unidos, no início da década de 1950, através da mistura do Blues, Country e Jazz. No Brasil, o gênero musical ganhou espaço alguns anos depois, com a canção “Rock Around the Clock”, interpretada por Nora Ney, considerado o primeiro rock brasileiro.
Em Bento Gonçalves, as décadas de 1980 e 1990 foram muito importantes para esse estilo musical, com o surgimento de bandas como, Rebeldes, Elétrika Tribo, Velliaria, Terra 4, Edzul e Sociedade Anônima, que fazem parte da história do rock na cidade. Algumas ainda seguem tocando seus sucessos ou envolvidas em outros projetos.
Foto: Arquivo Pessoal
O secretário de Cultura do município, Evandro Soares, lembra que Bento teve e tem muitos nomes importantes. “Tivemos grandes bandas em diferentes momentos da nossa história. Muitos músicos continuam na ativa até hoje”, afirma.
Segundo Soares, a “época de ouro” foi um tempo em que o rock teve mais apoio. Hoje em dia, a programação está mais contemplada por outros gêneros. “Todavia, o rock nunca vai morrer, ele se transforma, se reinventa, e hoje encontra seu espaço nas plataformas de streaming e cada vez mais vemos festivais de rock voltando com força, prestigiando, em especial, a cena autoral”, reconhece.
Para Darwin Gerzson, músico e fundador da banda “Rebeldes”, o rock sempre foi muito importante na Serra Gaúcha, mas atualmente sente falta de grupos com composições próprias. “No cenário de hoje, a maioria são covers, poucas se mantém com trabalho autoral. Mas somos resistentes e o rock vai continuar, com certeza”, afirma o músico.
Foto: Arquivo Pessoal
Soares destaca que, em Bento, o rock segue firme, pois a quantidade de boas bandas que surgiram e as que vem surgindo, mostram como o estilo pode se modernizar com as novas tecnologias e trazer música de qualidade ao ouvido dos amantes do rock. O secretário enfatiza que bandas como Blackbirds, Elixir Inc. e Púrpura, mantêm a cena viva com sons autorais ou covers.
Com a quantidade de bandas que se destacaram, e que nasceram – e ainda nascem por aqui, a Capital do Vinho pode ser considerada “rockeira”, conforme Evandro. “Independente daquelas (bandas) que possuem maior expressão ou não, das mais antigas às mais atuais, das autorais ou covers”, afirma.
Foto: Helio Alexandre
Para comemorar o Dia Mundial do Rock, ocorre a quarta edição do Celebra Rock Bento, festival colaborativo que enaltece o gênero e as bandas da região. O evento ocorre nos dias 16 e 17 de julho, a partir das 14h, na Rua Coberta. Serão dois dias de muita música, arte e integração entre os mais variados públicos, com o intuito de valorizar o artista local, dar palco para bandas autorais, covers, novas e antigas.
Nessa edição os shows ficam por conta das bandas: Jesse 47, Rishkesh, Chá das 5, Hollowbride (Linkin Park tributo), Destilaria Corleone, Jogo Sujo, Acústica Rock, Kids For Nothing, Guerrilla e Carne Crua (tributo Barão Vermelho, Cazuza e Frejat).
A entrada é franca.
Dia Mundial do Rock é brasileiro
Celebrado no dia 13 de julho, o Dia Mundial do Rock não é bem mundial. A data comemorada somente no Brasil, desde 1990, não se refere a nenhum aniversário, ou lançamento, mas é alusiva ao megaevento Live Aid de 1985. O festival de música beneficente aconteceu simultaneamente nos Estados Unidos e no Reino Unido, buscando levantar fundos para o combate à fome em países da África.
Na ocasião, o cantor Phil Collins sugeriu, no calor do momento, que o dia ficasse marcado como o Dia Mundial do Rock. Levando em conta que foi considerado o maior evento global de rock, a fala de Collins, que foi transmitida ao vivo e citada posteriormente pelos veículos de comunicação, foi rapidamente esquecida, menos no Brasil.