O feriado católico de Finados, celebrado no dia 2 de novembro, é um momento de saudade, renovação da fé, reflexão e de tirar um tempo para ir ao cemitério visitar o ente querido já falecido e/ou buscar um local em que seja possível estar em paz. Mas o que muita gente não lembra é que a morte chega para todos e que morrer custa dinheiro. Serviço de transporte, caixão, velório e enterro podem gerar despesas que chegam a valores exorbitantes. Mas afinal, quanto custa morrer? O Semanário fez um guia e mostra para os leitores valores, detalhes, novidades, além da informação sobre missas nos dias que atecedem a data e locais onde ocorrerão as cebelebrações.

Quando uma pessoa morre, geralmente é feita uma cerimônia, religiosa para a despedida. Terminado o funeral, o caixão com o corpo é enterrado ou cremado. Além disso há gastos com flores, registro de óbito, limpeza dos túmulos e manutenções mensais. O que pode encarecer um funeral é qual o modelo de caixão escolhido pela família.

O caixão é uma caixa ou recipiente resistente e impermeável, provido em seu interior de material absorvente, usada para acondicionamento, transporte e sepultamento de restos mortais humanos. Em casos de cremação, as cinzas resultantes da incineração e moagem dos ossos, são guardadas em um receptáculo denominado urna cinerária.

Um caixão, separadamente, pode custar de R$960 a R$38.990 mil em média. Uma coroa de flores, dependendo do tamanho, custa de R$ 180 a R$ 350. As chamadas “capelas mortuárias” onde ocorrem o velório também são cobradas.

Valores:

* Flores: Existem três tamanhos de coroa de flores, pequena, média e grande. Os valores podem variar de acordo com a flor que é escolhida para compor o arranjo. Podem ser utilizadas flores do campo, copo de leite, rosas, cravo e antúria que podem ser brancas ou coloridas. Na floricultua ArtFlor os preços estão em média R$ 180, R$ 250 e R$ 350 respectivamente. Há ainda a possibilidade de enviar flores em vasos, como o crisântemo e a flor do campo, que custam R$ 10 cada. Na Floricultura MB os antúrios e os crisântemos estão de R$ 12 a R$ 16 dependendo do tamanho;

* Serviços funerários: Os gastos com serviços funerários podem variar. Atualmente as pessoas conseguem contratar serviços completos investindo em torno de R$ 2 mil podendo chegar a R$ 40 mil caso optem por modelos de urnas de maior qualidade e salas velatórias de padrão superior. Entre todos os serviços incluem-se carro para sepultamento, preparação do corpo, organização dos funerais, traslados, remoções, livro de presenças e capela para velório;

*Investimentos mensais: Segundo Mateus Formolo, assessor da direção do Grupo L. Formolo, atualmente muitas pessoas optam por deixar organizada a compra dos serviços funerários com a aquisição de planos de assistência funeral familiar que com baixos investimentos como R$ 38 mensais englobando os serviços funerários para toda a família (até nove pessoas) e ainda há opção de inclusão de até dois agregados (paga diferença);

*Caixão: O valor mínimo de um caixão é R$ 960, e o máximo chega a R$ 38.990;

* Cremação: Para cremar o ente querido, é desembolsado R$ 3.120 somente à cremação;

* Jazigo: Em Bento Gonçalves o valor varia de R$ 16 mil a R$ 20 mil. Em Caxias do Sul o custo já é mais baixo, podendo chegar a R$ 8 mil.

Como crianças lidam com a morte:

A psicóloga, especialista em Teoria, Pesquisa e Intervenção em Situações de Luto e Perdas, Franciele Sassi, garante que as crianças quando sofrem com uma situação de perda, como no caso da morte, podem sofrer intensos e dolorosos sentimentos que são característicos do processo de luto. “Dentre os sintomas e reações que fazem parte desta trajetória, podem ser citados alguns mais comuns como a sensação de insegurança e abandono, estranheza e confusão, sentimentos de tristeza, desânimo, raiva, culpa e medo de outras perdas, somatizações como dores no corpo, fadiga/exaustão, perda ou ganho de peso, sonolência ou hipervigilância, aperto no peito”, completa.

No momento em que os adultos precisam contar para as crianças sobre a morte de um familiar ou amigo, Franciele garante que não há receita pronta, mas que existem alguns fatores importantes a serem considerados. “É cuidando de si mesmo que o adulto também cuida da criança. É importante usar uma linguagem simples à criança, com termos claros e objetivos, evitando o uso de metáforas como “foi para o céu”, “está dormindo” ou “virou estrelinha”, que apenas causam confusão, dúvidas e fantasias. É preciso dar tempo para que haja compreensão e se atenda aos questionamentos da criança. É essencial respeitar seus limites e capacidades, sobretudo em ambientes carregados de emoções, como no caso de velórios”, ressalta a psicóloga acrescentando que “nestas circustâncias, cabe ao adulto fornecer suporte e amparo, além de explicar sobre como será este momento, permitindo que a criança decida se quer ou não estar presente”.

Mas não são só os pequenos que precisam de atenção e cuidado, pois segundo Franciele os adultos necessitam que a perda seja refletida, falada e trabalhada, até para que consigam passar segurança para os jovens. “É necessário e saudável que haja conversas em família sobre o assunto, pois isso se torna essencial para o desenvolvimento saudável e funcional da criança, pois atua como fator de proteção para experiências de perdas futuras ao longo da vida. A criança tem bastante a aprender, e ela vai precisar passar pelos ganhos e perdas, satisfações e frustrações no seu dia a dia com a família e o mundo, para construir formas de resolver conflitos. Falar sobre morte e explicar a natureza do luto, reconhecendo sua irreversibilidade, portanto, contribui para o crescimento infantil em larga escala”, enfatiza.

 “A morte é um justo fim, iguala a todos”

O Dia de Finados é um feriado em que Igreja celebra o Dia de Todos os Santos, pois há muitos santos que não são lembrados pela tradição. “Imagine seu avô, avó ou outro familiar que tenha sido uma pessoa muito íntegra, fazendo o bem e a vontade de Deus. A gente sabe que elas está no céu, mas não passou pelo processo normal de canonização e de ser levado ao altar para ter uma imagem para ser recordado dentro de uma Igreja, mas são pessoas que estão escritas nas memórias de seus parentes e o Dia de Finados, tem a finalidade de rezar por todos os falecidos, é um dia em que não colocamos uma inteção para alguém específico, mas sim para todos”, comenta Padre Ricardo Fontana.

Na visão Cristã, segundo o pároco, a morte é a separação do mundo material em que vivemos, para a eternidade. “Ela é a passagem da vida finita para a vida eterna. Além disso, acreditamos que ela é um justo fim, pois iguala a todos”, garante Fontana.

Vaticano proíbe guardar cinzas

O Vaticano divulgou na terça-feira, 25, as regras para a cremação de católicos, que incluem a proibição à conservação das cinzas do morto em casa, evitando que elas se tornem “lembranças comemorativas”. A Igreja Católica também proibiu que os fiéis espalhem as cinzas de mortos cremados. Padre Ricardo garante que a Igreja não tem problema nenhum com a cremação. “Teremos desavenças quando ela for feita para renegar a fé cristã ou a ressurreição , ou quando as pessoas fizer isto por um panteismo (doutrina filosófica caracterizada por uma extrema aproximação ou identificação total entre Deus e o universo). Hoje, por questões de higiene, ambientais e práticas ela é até mais recomendada que outros meios, como o sepultamento”, comenta.

Mas o pároco salienta que a Igreja tem recomendado guardar a memória do entende que faleceu. “Nós pedimos que seja preservado o costume de sepultar o corpo dos defuntos, principalmente pelo valor símbolo que há, porque serão enterrados igualmente como aconteceu com Jesus”, recomenta.

De acordo com o documento oficial do Vaticano, se for escolhida a cremação, as “cinzas do morto devem ser mantidas em um lugar sacro, ou seja, nos cemitérios. A conservação das cinzas no ambiente doméstico não é permitida”, finaliza.

Missas:

Paróquia Sto Antônio

2 de novembro
8h30min, 10h e 17h – Cemitério Público Municipal Central
10h – São Pedro/Salgado
10h – Imaculada Conceição – Barracão
15h – Divino Espírito Santo – Burati
15h – Santo Antoninho
16h30min – São Miguel
16h30min – Santíssima Trindade – Zemith
18h – Santuário Santo Antônio

Paróquia Cristo Rei

2 de novembro
8h – Cemitério São José – Sertorina
8h30min – Cemitério N. Sra. do Rosário de Pompeia – Vinosul
9h15min – Cemitério N. Sra de Caravaggio – Tamandaré
10h – Cemitério Santo Antão
10h30min – Cemitério Parque
15h – Cemitério N. Sra. de Garibaldina
15h – Cemitério N. Sra da Glória
16h30min – Cemitério N. Sra das Neves
16h30min – Cemitério N. Sra das Graças
18h – Cemitério São Pedro
18h – Cemitério Sto. Antão

Memorial Crematório São José – Caxias do Sul

1º de novembro – 19h30min
2 de novembro – 10h e às 17h

Paróquia São Roque e N. Sra. do Rosário (Faria Lemos)

29 de outubro
15h – N. Sra. dos Navegantes
16h30min – N. Sra. Imaculada Conceição

30 de outubro
10h – N. Sra de Fátima – Veríssimo de Mattos
11h – N. Sra das Graças – Passo Velho
15h – N. Sra do Rosário – São Roque
16h30min – São Luiz – São Roque

1º de novembro
16h – São Luís – Faria Lemos
16h N. Sra da Natividade
17h30min – São José
17h30min – São Gotardo
18h30min – São Valetim 96
18h30min – São Pedro 71

2 de novembro
8h30min- N. Sra do Rosário (Faria Lemos)
9h – São Roque
10h – Sto. Antônio – Linha Alcântara
10h15min – São Valetim
16h30min – São Paulo – Linha Paulina
17h30min – N. Sra. das Dores – Tuiuty
17h30min – Santa Eulália
18h30min – São Roque
18h30min – São Valetim – Vale Aurora

Leia mais na edição impressa do Jornal Semanário deste sábado, 29 de outubro de 2016.