Período da pandemia da Covid-19 teve reflexo no aprendizado dos alunos das séries iniciais, mesmo com os pais ajudando

A Escola Estadual de Ensino Fundamental Maria Goretti existe há 65 anos e atende, atualmente, 125 alunos que cursam do primeiro ao quinto ano. A professora Franciele Casagrande conta que assumiu, como diretora, neste ano de 2023, e que o educandário nessecitava de diversas melhorias que por muitos anos acabaram não sendo feitas. “Nós tínhamos que adaptar algumas coisas, fazer pinturas e agora está um pouquinho melhor. Não temos nenhum problema de estrutura maior, algum tipo de vazamento ou telha quebrada. Então o local se mantém, mas precisava de alguns ajustes que já estamos conseguindo fazer”, explica.

Dentro das reformas que ocorrem, ela cita as que beneficiam os alunos e contribuem para melhorar a aparência das instalações. “Fizemos pintura, cozinha nova, colocamos ar condicionado em todas as salas, e até uma a fachada agora é nova. O colégio está bem melhor, mais bonita e apresentável já que conseguimos atender várias necessidades das crianças. Uma delas era o ar condicionado. Porque era muito frio ou muito calor. E pela escola ter passado quase 10 anos sem reformas ou melhorias, não tem como recuperar uma década em um ano”, comenta.

Em meio a isso, 2023 também foi um ano considerado pós-pandemia, já que eram visíveis as dificuldades dos estudantes, durante este período. “Sentimos os problemas deles, mas com calma eles vão recuperando o aprendizado. Estamos dando todo o suporte junto com a coordenadoria (Regional de Educação), e eles estão sendo bem assistidos. Estamos conseguindo desenvolvê-los bem, mas a questão da pandemia atrasou bastante”, lamenta a diretora.

Franciele destaca que foram mais prejudicados neste período, justamente, as turmas iniciais, que estavam no começo do processo de aprendizagem e eram os mais confusos. “Os alunos dos primeiros anos foram os mais afetados, porque aquele momento era quando iriam desenvolver a leitura e não conseguiram fazer isso em casa, mesmo com os pais ajudando. Isso acabou se estendendo para outras séries, porque começaram a ser alfabetizados no terceiro ano, já que perderam o principal”, salienta.

A diretora destaca que a comunidade está voltando a se reaproximar, e isso é uma meta de sua gestão. “No começo, quando assumi a direção, tivemos que promover o resgate da comunidade. Agora, chamamos e eles veem, estão mais presentes. Claro que a estrutura do CPM poderia ser melhor, mas com os estudantes não estamos tendo problemas. Conseguimos recuperar os alunos e a comunidade”, avalia.