Um assunto bem clichê mas que não ouço muito por aí. Pois então, ‘migas’, estou aqui para mostrar ao mundo um pouco do nosso ‘sofrimento’, situações que todas nós passamos mas que geralmente não comentamos.
Não sou muito fã de usar maquiagem. Parece que meu rosto vai escorrer até o chão a qualquer momento. Quando vejo na internet ou minhas amigas maquiadas acho tão lindo, tão meigo, tão feminino. Aí lá vou eu: passa hidratante, passa primer, passa base matte, passa pó compacto, passa fixador, faz o contorno das Kardashians. Ufa. No primeiro abraço que eu dou o reboco sai pela metade no ombro daquela camisa gola polo branca nova do meu amigo. Branca e nova, duas palavras bem fortes.
Verão, praia, sol, biquini, pelos. Pelos! Porque precisamos deles? Cientificamente eles devem ter sua função, mas se eu tiver um desejo é que eu dia eu me livre deles definitivamente.
Ir para a praia, por exemplo, é todo um ritual: a depilação é feita bem próximo do dia da viagem, que é para “durar”. Até o terceiro dia é só curtição, praia é vida, não é? Depois você resolve olhar para baixo. Acabou a alegria. Em suas pernas bronzeadas já estão todos aqueles pelos que você cuidadosamente arrancou há 3, três, APENAS TRÊS DIAS ATRÁS. Isso sem falar das amigas virilha e axila, um oi para vocês.
Quem nunca tomou um copo de refrigerante e foi procurar uma celulite nova e nunca encontrou? Aí você desencana e aparecem três crateras na sua nádega esquerda.
Você corta o cabelo e compra vitamina pra ele crescer mais rápido. Aparentemente cresce. Não sei se é o efeito da queratina ou um efeito alucinógeno.
E seios? Se você tem dois, vai saber do que eu estou falando. Muito pequenos, muito grandes, caídos, irregulares. Alguém aí está satisfeita com os seus? A solução é: cirurgia plástica, e vira o sonho da garota (super a favor da estética para uma melhor auto estima).
Você é alta demais? Ou pelo menos a mais alta do seu grupo? Então você vai me entender. A gente sempre se sobressai, e isso é bom e ruim, porque às vezes o que menos queremos é nos “destacar”. As mais altas se sentem obrigadas a estar sempre impecáveis, mas geralmente estamos sempre diminuindo os ombros para não parecer tão descomunal. Em fotos parecemos um animal amansado tentando socializar. Geralmente tropeçamos e somos bem estabanadas. É a Lei de Murphy.
Você também não consegue cruzar as pernas embaixo de diversas mesas e adora os saltos mais altos, que é para humilhar mesmo.
Quem não têm uma lista de compras nos favoritos do Chrome? A gente pode ter R$ 2,50 na carteira, mas vai estar salvando links de botas e fuçando na Dafiti até achar tudo para montar aquele look perfeito do Pinterest e nunca comprar.
Ser garota é complicado, divertido, enrolado, triste. Acho que nos sentimos mais confortáveis quando sabemos que todas passam pela mesma situação. Então melhor nos divertimos com isso, já que na maior parte do tempo adoramos um drama, não é?