Procedimento que está agendado para o dia 10 de julho, no Moinho de Ventos, em Porto Alegrem deve ser antecipado

O drama da família Strada Rodrigues está próximo de um fim. Pelo menos parte dele. A cirurgia pra correção de uma má formação, um tumor que está grudado na medula em meio aos nervos comprometendo órgãos como, intestino, bexiga e rim, do menino Luiz Felipe Strada Rodrigues de um ano e meio, está agendada para o dia 10 de julho. Conforme relatos da família, a tendência é que o procedimento seja antecipado em duas semanas. Além de ter data, os custos da cirurgia serão pagos integralmente pelo plano de saúde Tacchimed.

Um parecer da Justiça, no dia 10 de maio, obriga o plano de saúde de Luiz Felipe, o Tacchimed, a bancar os custos do procedimento que removerá o tumor. A decisão caberia recurso por parte do Tacchini, mas optou por acatar a decisão.

A mãe conta que o processo foi encaminhado há alguns meses e foi negado em primeira instancia, mas após trocarem de advogado, conseguiram parecer positivo. Ela relata que foi pedido um tempo para a definição, pois o hospital solicitou que o médico que atende ao Luiz viesse a Bento fazer o procedimento, porém ele argumentou que não teria como levar a equipe completa e também por questões de infraestrutura, tendo em vista que o Moinhos de Ventos apresenta melhores condições.

Família está apreensiva, mas esperançosa que a cirurgia de Luiz Felipe seja antecipada , Foto: Lorenzo Franchi.

Com a definição positiva relativa ao custeio da cirurgia, a família comemora. Segundo Elizete, o valor arrecadado até o momento, R$ 59 mil, sendo aproximadamente R$ 27.300 fruto de doações, será investido nos futuros tratamentos do menino. “Teremos todos os custeios de pós-operação. Há tratamentos a serem feitos nos rins, bexiga, intestino e para a correção dos pés. Além disso, há órteses, sessões de fisioterapias, consultas. Agora poderemos fazer o melhor e mais completo tratamento que ele precisa”, disse aliviada a mãe.

No primeiro momento do processo, o plano de saúde alegou que o contrato em vigor com Luiz foi firmado em dezembro de 2016, com opção pelo financiamento parcial temporária, que não cobre procedimentos de alta complexidade, cirúrgico ou em leitos de alta tecnologia em um prazo de 24 meses. No processo, a juíza Eveline Radaelli Buffon determina que o plano de saúde Tacchimed providencie o procedimento cirúrgico do requerente em um prazo de três dias. O prazo expirou há cerca de três semanas. Conforme a família, a entidade e os médicos mantém diálogo buscando antecipar a cirurgia.

A reportagem do Semanário entrou em contato com o especialista. Ele ainda não confirma, mas espera poder reagendar atendimento para priorizar o caso do menino.

Expectativa e angústia

Em meio a esta indefinição de datas e realização da operação, os pais demonstram-se apreensivos, mas esperançosos que a situação seja resolvida o quanto antes. “Esperamos que a cirurgia seja feita antes. Já perdemos muito tempo e agora tem o plano que poderá ajudar, mas já temos uma parte boa do dinheiro que já dá para dar uma boa entrada, tanto para o hospital, quanto para o médico. Não há porque ficarmos esperando. O ideal é que isso saia o quanto antes. Esperamos em 10 dias que ele seja operado.
A cirurgia está marcada para o dia 10 de julho, mas tudo pode mudar com uma ligação. Podem entrar em contato e informar que será na próxima semana. É um misto de expectativa e angústia que sofremos”, desabafa Elizete.

O pai do menino, Gilmar Roque Rodrigues, comenta que a preocupação com o filho interfere no trabalho. “Sou autônomo, ela também. Estamos correndo com ele, tudo por ele”, disse. Rodrigues ainda relata que cada deslocamento à capital gaúcha, a família gasta uma média de 800 reais. Ele explica que para se conseguir uma consulta por planos de saúde, os médicos se disponibilizavam para agosto e setembro, já no particular era mais rápido. “Tudo gera gasto, só a consulta sai quase R$500. Nós não temos tempo para esperar. Queremos que essa situação se defina o quanto antes”, ressalta o pai.

Além do procedimento para a retirada do tumor, menino deve ser submetido a outras cirurgias para correção do pé direito e fimose. Foto: Lorenzo Franchi.

Segue a rotina de tratamento

Luiz Felipe tem seguido sua rotina de acompanhamentos médicos em Bento Gonçalves, com as fisioterapias e, em Caxias do Sul e Porto Alegre para tratar de outras imperfeições, no rim esquerdo e a falta de sensibilidade no pé direito. “Ele fez exames para ver o funcionamento do rim, que devido a pressão que ele tem na bexiga, acaba ‘apertando’ o rim no lado esquerdo”, disse a mãe do menino, Elizete Strada. Ela ainda complementa que segundo o médico, o rim do seu filho está apenas 21% funcionando, quando o ideal seria de 30%.

Para melhorar esse quadro, o menino será submetido a medicamentos e quatro sondagens por dia. “Devido a uma fimose severa que ele tem, não podemos fazer. Primeiro deve ser feita a retirada do tumor que está grudado na medula para depois começar o tratamento correto no rim e demais problemas motoros”, relata a mãe.

Outra situação apontada por Elizete é uma terceira cirurgia, para a correção da fimose, que embora seja necessária neste momento não pode ser realizada por prevenção. “Como ele não consegue segurar o xixi, acaba criando um fungo na ponta do pênis. Se não houve a pele, essa bactéria afetaria a ponta do membro”, ressalta.

A mãe ainda relata que o menino tem dificuldades para ir aos pés e toma dois medicamentos para isto, pois um já não surtia efeito. “O Luiz tem tomado cefalexina. Ele não pode correr riscos e pegar infecção. Uma bactéria que se instala, afeta direto o rim e compromete toda a saúde dele”, pontua Elizete.

Uma vida normal a Luiz

Questionados sobre seus sonho com Luiz, pós-cirurgia, os pais se emocionaram. Rodrigues, mantem o sentimento de ver o menino brincando e fazendo bagunça. “Quero poder jogar bola, futebol com ele”, ressalta o pai.

Elizete relata que está pesquisando sobre a cirurgia para “se preparar”. “Em uma dessas buscas, ao final de um vídeo, tinha a cena de um menino correndo em direção ao mar. Isso me emocionou. Quero o ver brincar e, quando eu chegar em casa, ele vir correndo me abraçar”, disse a mãe.

 

Doações:
Favorecido: Luiz Felipe Strada Rodrigues

CPF: 052.874.650-25

Banco do Brasil 001
Agência 0181-3
Conta 90-6
Variação 51

Caixa Econômica Federal
Conta: 00179225-0
Agencia: 0457
Operação: 013

Iniciativas
Almoço no dia 17 deste mês no Salão Comunitário do Fenavinho. Os ingressos custam R$ 30.
(54) 99665-5086/ 9711-9378

Jantar no dia 7 de julho no ABCTG. Os ingressos custam R$ 35.
(54) 99665-5086/ 9711-9378