Live dia 28 de setembro terá o diretor geral da KUKA Roboter do Brasil, Edouard Mekhalian, e o CEO da Dalca Brasil, Bruno Dal Fré

Em tempos de transição nas empresas face às necessidades de inovação, adotar estratégias para ingressar os negócios na indústria 4.0 torna-se, mais do que um movimento necessário, essencial para as organizações garantirem competitividade no futuro. O Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves amplia o debate acerca da transformação digital na live “Os desafios da indústria 4.0 e a robótica no Brasil”, que ocorre dia 28 de setembro (segunda-feira), às 19h30min com transmissão pelo Facebook do CIC-BG (facebook.com/cic.bg).

Dois especialistas na área são os convidados da entidade, o diretor geral da KUKA Roboter do Brasil, Edouard Mekhalian, e o CEO da Dalca Brasil, Bruno Dal Fré. A mediação do encontro será do 1º vice para Assuntos da Indústria do CIC-BG, Francisco Luis Bertolini Neto.

Muitas empresas já investem em automação, e isso é uma parte importante na digitalização da indústria. Mas para ser pleno, esse movimento precisa também de investimento em processos integrados e o entendimento de uma ruptura com antigas culturas empresariais. Desenvolver equipes e líderes é tão importante quanto o investimento em processos integrados, sensores e robôs inteligentes. “A automação precisa vir da direção da empresa, de cima para baixo, se tornando pouco a pouco parte da cultura interna, assim como o conceito de melhoria contínua. Iniciando em processos mais simples e baratos e pouco a pouco automatizando postos mais complexos. Desenvolver parceiros com experiência e capacidade é essencial para ser mais assertivo e não cometer erros que podem retardar o processo”, diz Dal Fré.

Para ele, entre os fatores do atraso da implantação da indústria 4.0 no Brasil está o seu parque industrial velho e desatualizado. “Isso era aceitável no passado, pois a competitividade não era tão alta. Quem percebeu isso e fez os investimentos necessários, hoje está colhendo os frutos. Pouco a pouco as empresas estão revertendo essa situação, mas talvez não na velocidade necessária”, opina. E há algumas razões que impedem essa aceleração. “O payback em um investimento em automação é de médio a longo prazo, portanto, o gargalo acaba sendo a capacidade de investimento da empresa e a cultura dos empreendedores”, comenta.

Quem consegue aplicar os conceitos da indústria 4.0, com suas análises de dados, computação em nuvem e modularização, entre outros aspectos, traz economia pra linha de produção, com ganho de produtividade. “Antigamente, o conceito da indústria 4.0 era limitado a empresas com alto volume e alta repetição de processos, como linhas de montagem automotivas, por exemplo. Hoje, a flexibilidade e a redução dos custos dos sistemas se tornaram uma solução viável para pequenas e médias empresas e tendem a ser mais viáveis com o tempo”, analisa o CEO da Dalca.

Sobre os debatedores

Edouard Mekhalian é engenheiro elétrico com pós em Administração de Empresas, com 36 anos de experiência em automação industrial e robótica. Antes de chegar à empresa alemã KUKA, uma das líderes mundiais na fabricação de robôs industriais e sistemas de automação, empregou seu conhecimento em organizações como Siemens, Prensas Schuler, DF Vasconcelos/Yaskawa – Motoman e Dürr. Bruno Dal Fré é o fundador da Dalca, empresa sediada em Bento Gonçalves e referência nacional no fornecimento de soluções industriais robotizadas. Técnico em eletrônica com intercâmbio internacional de engenharia na Universidade de Udine, na Itália, ele tem mais de 15 anos de experiência na área de automação e robótica industrial.

Fonte: Exata Comunicação
Foto: Mateus Foletto