Adriana e José, adotaram Samara quando ainda tinha seis meses de vida. Ela nasceu com cinco meses e meio de gestação, equivalente a 22 semanas, sendo diagnosticada com paralisia cerebral e após algum tempo, com o diagnóstico de escoliose tóraco lombar. A menina já nasce com seu desenvolvimento imaturo, fazendo com que seu sistema imunológico não produza anticorpos, o que por sua vez, a deixa suscetível as infecções e para além disso, dificulta o desenvolvimento dos ossos do infante. Com a má formação e, em especial, da coluna como responsável pela sustentação e locomoção do corpo, fez com que a menina não conseguisse se movimentar.

Com o passar dos anos, os agravos continuaram persistentes, a mãe na impossibilidade de pagar uma cuidadora, teve que abrir mão de seu emprego, para ficar em função integral aos cuidados de sua filha, sendo então, todas as despesas da casa e do tratamento de Samara vindo a ser mantidas pelo pai. Diante da dificuldade financeira do casal que sempre estavam à volta de cuidados médicos e fisioterápicos para filha através do Sistema Único de Saúde (SUS), foram também, em busca inclusive do apoio financeiro da prefeitura de Caxias do Sul, que cedeu o transporte para a família, a fim de que, Samara pudesse fazer seu tratamento, assim como, pela rede de assistência do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) que ajudou nos custos de deslocamento até o local onde Samara fazia as sessões de fisioterapia.

Sobre os cuidados concernentes à fisioterapia, estes foram realizados pela APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) na cidade de Caxias do Sul. Segundo orientação da fisioterapeuta da instituição, diante do quadro clínico de Samara, o ideal era que a menina tivesse acompanhamento continuado das sessões por quatro dias no decorrer da semana, porém, a instituição só tinha disponibilidade de vaga para dois dias na semana e já no final do ano de 2010, a disponibilidade diminuiu para um dia na semana. Samara nesse período, tinha oito anos de idade e ainda conseguia sentar-se e frequentava a escola.

Em 2017, todos os auxílios cessaram e o agravo na coluna de Samara se intensificou, assim, como suas dores. Hoje com 13 anos de idade, a adolescente sente dores intensas pelo corpo que a impossibilitam de sentar-se e de ser transportada. Atualmente, ela não mais frequenta a escola devido a sua debilidade motora, ficando por sua vez, apenas deitada em sua cama numa única posição, a fim de que diminua um pouco mais a intensidade de sua dor.

Samara necessita urgentemente de duas cirurgias, sendo uma para a coluna vertebral e outra para a bacia. Os procedimentos não podem ser realizadas de modo concomitante. Os pais já foram em busca de auxílio na rede do SUS, mas, não obtiveram êxito. Para conseguir o dinheiro necessário, os pais da menina tentaram colocar sua casa à venda, a fim de que consigam bancar as cirurgias de Samara, pois afirmam que se for possível moram de aluguel, mas, o que importa é que a filha já não mais sofra. Samara por sua vez, além do desejo de não mais sofrer com as dores intensas pelo corpo, ainda sonha em retornar a escola e poder um dia dançar uma valsa de 15 anos com o cantor Luan Santana.

De acordo com orçamentos médicos, os procedimentos cirúrgicos chegam a R$ 58,2 mil. Interessados em ajudar, podem contribuir pelo link, https://www.vakinha.com.br/vaquinha/cirurgia-da-samara.

Uma página no Facebook foi criada, no intuito de divulgar a campanha e repassar mais informações sobre o caso.