O Brasil está vivenciando a maior epidemia de dengue de sua história, com mais de 6,5 milhões de casos prováveis registrados ao longo de 2024, além de 5.219 mortes confirmadas e outras 2.012 em investigação. A informação foi destacada pelo secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde, Rivaldo Venâncio, durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite, realizada em Brasília.

Venâncio revelou que, após um período crítico, há sinais de uma possível desaceleração na transmissão da doença. “Felizmente, a dengue começa a dar sinais claros de que viveremos algumas semanas com uma certa tranquilidade. Aliás, já estamos a cerca de quatro ou cinco semanas com grande tranquilidade em relação ao número de casos novos que têm sido registrados país afora. Esperamos que esse quadro de baixa transmissibilidade se mantenha, pelo menos, até meados de novembro,” afirmou.

Atualmente, o coeficiente de incidência da dengue no Brasil é alarmante, com 3.201 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. A maioria dos casos foi identificada em pessoas de cor branca (49,9%) e parda (42,3%), nas faixas etárias de 20 a 29 anos, 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 59 anos. Por outro lado, os grupos menos atingidos são menores de 1 ano, crianças de 1 a 4 anos e de 5 a 9 anos.

Em Bento Gonçalves, a situação também tem chamado a atenção. Desde o início do ano, a cidade registrou 293 casos confirmados de dengue, com um total de 613 notificações. Destes, 313 foram descartados e dois casos permanecem em investigação. Dos casos confirmados, 261 são considerados autóctones, ou seja, contraídos localmente. Até o momento, nenhum óbito foi registrado.