Sistema terapêutico tem ganhado espaço e vários adeptos em Bento

 

Um convite à expressão e um caminho em direção à saúde. Esses são alguns dos princípios da biodança, prática que cai no gosto das pessoas e ganha adeptos em Bento Gonçalves e ao redor do mundo.Ao contrário do que muitos pensam a biodança não tem nada a ver com aulas coreografas, e sim é um sistema terapêutico. Isso porque, seus movimentos são livres e devem ser autênticos, baseados na vivência de cada ser.

Nos encontros (aulas) há dois momentos: a verbalização e a vivência. A verbalização é um momento de intimidade verbal, o qual cada participante do grupo compartilha suas emoções.
Já a vivência é o momento de dança, de movimento e integração. Nesta etapa da sessão, os participantes são incentivados a deixar tudo de lado e participar da dança da vida. Os exercícios são livres e procuram integrar o pensar, o sentir e o agir.

Conforme seu criador, todo ser humano nasce com potencial para resolver seus problemas. Por isso, é preciso, progressivamente, reforçar a sua identidade, alcançar a liberdade interna e, assim, assumir a direção da própria existência.

A facilitadora (professora), Carmen Paixão, explica como a música é usada dentro destes processos nos encontros. “As canções são estudadas para serem colocadas mediante um exercício específico, cada uma dentro da vivência que está sendo trabalhada. É ela (música) que desencadeia as emoções e não as palavras. Cada uma é estudada, aprovada por um grupo acima dos facilitadores para que seja colocada nos encontros”, assegura.


Conforme Carmen, a biodança possuí uma série de benefícios ao seus participantes. “Aumenta da alegria e da coragem de viver. Diminui estresse, angústia e depressão, desenvolve expressão e criatividade. Dá harmonia e equilíbrio dos sentimentos. E por fim, melhora das relações interpessoais, dando assim qualidade de vida aos praticantes”, menciona.

A biodança é voltada para pessoas de todas as faixas etárias. De acordo com Carmen, os trabalhos adotam uma série de requisitos. “Os trabalhos são feitos de formas separadas e conforme a idade dos participantes. Temos que ter cuidado dentro de questões físicas dos participantes, como problemas de joelho e coluna. Fazemos uma leitura antes para conhecermos os limites de cada pessoa e tornar a biodança algo prazeroso”, relata.

Com relação ao retorno das pessoas sobre os encontros, Carmen, explica como isso acontece. “Muitas e grande parte das vezes é sem precisar expressar nenhuma palavra. Os encontros são regulados pela fisiologia. O teu corpo, o olhar, a forma de caminhar não mentem. Nós, como facilitadores observamos muito as pessoas durante os encontros e conseguimos entendê-las”, valoriza.

Os encontros de biodança em Bento Gonçalves acontecem sempre na quinta-feira, das 19h30min às 21h. Além de Carmen Paixão, quem trabalha em conjunto como facilitador é Júlio César Maccali. Outras informações referentes ao sistema terapêutico podem ser obtidas pelo contato: 3455-3725, 99710 4698 e 99157 1886.

 

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