Guilherme Pasin

Bento é do tamanho dos sonhos da nossa gente. E neste 11 de outubro, quando completou 131 anos de emancipação política, a cidade nos brindou com um ensinamento valioso: o caminho para o futuro é ser protagonista. Protagonista no turismo, na cultura e na história — com bons resultados, hospitalidade e uma rede que pega junto e faz dar certo. Mas protagonista, também, nas propostas de desenvolvimento, nos projetos sociais e na conquista de novas fronteiras.

A nossa terra é conhecida por ser berço de gente trabalhadora, que se destaca no cenário nacional — seja pelo empreendedorismo ou pela vocação vitivinícola, seja pela capacidade de multiplicar ideias inovadoras. Por isso, o aniversário de Bento também é um convite a pensar grande e a reconhecer o potencial das nossas lideranças. Gosto de dizer que a colheita de hoje só é farta porque lá na origem a plantação foi bem feita. É assim na agricultura e é assim na trajetória humana. Só há sucesso onde se semeia com dedicação e trabalho.

E foi assim nos últimos anos, quando pudemos vivenciar, na prática, a transformação da realidade do nosso município. Basta analisar indicadores, que triplicaram. E para além da métrica, na vida real a comunidade ganhou muito em qualidade de vida, em oportunidades e em representatividade. É fato que cresceu, ainda mais, o orgulho da nossa sociedade. As pessoas se sentem parte, elas verdadeiramente pertencem a Bento Gonçalves — que hoje é sem dúvida um dos principais destinos turísticos do país.

A nossa gente inspira e sempre serviu de exemplo. É essa força coletiva e comunitária que torna a cidade diferente e pujante. Acredito muito nesse potencial como forma de propor mudanças profundas que impactem positivamente nas políticas públicas do Brasil e do Rio Grande. Um futuro sólido só é construído com unidade, com senso solidário e empatia. Por isso é tão importante ouvir as pessoas, dar atenção aos anseios do cidadão. Sem essência não há avanço.

É tempo, portanto, de vislumbrar o amanhã com mais ousadia. Desejar pela metade não é uma opção madura. E Bento tem capacidade de elevar a sua participação e representatividade em todos os setores e instâncias. Esse engajamento social, econômico, político e cultural deve ser resgatado. Celebrar 131 anos é um estímulo para seguir em frente, com respeito à nossa história e, acima de tudo, olhar no futuro.