Comunidade localizada na parte leste da Capital do Vinho é considerada agradável pelos seus moradores

Na entrada do Santa Marta, um muro colorido, repleto de emoção, dá as boas vindas aos moradores e visitantes daquela localidade. Situado na parte leste da Capital do Vinho, o bairro é considerado tranquilo pelos residentes, porém, em alguns detalhes, precisa de mais atenção por parte do Poder Público.

Muitos são os moradores que escolheram o Santa Marta para viver, trabalhar, construir suas casas e famílias e, acima de tudo, constituírem suas histórias de vida. Um deles é Ilso Belleboni, que mora no local há quase 45 anos. Segundo ele, quando chegou lá, encontrou um local com poucas residências e rodeado de muito mato. “Quando vim para cá, haviam três casas no local. Aos poucos, as coisas começaram a se modificar e a comunidade foi crescendo e se desenvolvendo. Agora, considero o bairro um bom lugar para morar, tranquilo e que atende as necessidades dos moradores”, salienta.

Apesar de não residir no Santa Marta, Marcos dos Santos frequenta o local há dois anos, onde possui o seu empreendimento. Segundo ele, a escolha pelo espaço foi por ser uma ótima oportunidade de negócio. “Moro em outro bairro, mas passo muito mais tempo aqui do que na minha residência. Posso destacar que é muito bom. As ruas são boas, ouço que o postinho de saúde atende bem. Considero que a logística, como um todo é positiva, pois acho que é pertinho do Centro, em comparação com outros locais. Vejo que a questão de segurança é tranquila e no transporte público somos bem atendidos. É um bom lugar para se viver”, pondera.

Quem também tem a mesma opinião é Camila Borges, que mora na região há 14 anos. “É um lugar agradável, principalmente para quem tem criança pequena. Por exemplo, na educação, não temos do que reclamar. A escola do bairro é 100% e atende todas as nossas necessidades”, pontua. Porém, ela diz que algumas coisas podem ser melhoradas. “As ruas precisariam de mais manutenção, pois, muitas vezes, buracos são abertos e ali permanecem, ou são fechados, mas de uma forma que não é adequada”, frisa.

Jociele Keller, que reside há 18 anos no Santa Marta, afirma que, apesar de todos os pontos positivos, a localidade está um pouco esquecida. “Queremos que os próximos gestores tenham um olhar mais cuidadoso e amplo não somente para o nosso bairro, mas os demais do município”, considera.

De acordo com o aposentado Thomás Correia, o bairro Santa Marta é bom para tudo. “Na questão de segurança, educação, infraestrutura, somos bem atendidos. Sobre ruas, muitas vezes abre algum buraco no calçamento e mesmo quando consertam, não fica igual, mas no geral, está bom”, revela.

Selvino Soberai, residente há 30 anos, também diz que tudo está em dia, mas que pode ser melhorado. “Que o próximo prefeito e os vereadores tenham um olhar mais cuidadoso para cá ”, pede.

Infraestrutura

A comunidade é atendida pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Noely Clemente de Rossi e outras de Educação Infantil. Também possuímos igrejas, posto de saúde, além de outros empreendimentos.

O passeio com os amigos de quatro patas

Quando a reportagem do Semanário esteve no Santa Marta, encontrou uma imagem inusitada. Transitava pelas ruas do bairro o aposentado Thomás Correia, com a égua Piti, acompanhado de seus fiéis companheiros: o Bob e o Gurila. Aos sábados, domingos e nos dias da semana, sempre que pode, ele sai com seus amigos de quatro patas. “Cresci cuidando do gado, na lida do campo. Gosto de fazer isso, pois lembra o meu passado. Por isso, sempre que posso, estou passeando com eles”, avalia. Gurila, o menor, é levado na coleira. “Ele ainda é muito filhote e, por isso, tomo cuidado para que não seja atropelado”, avalia.

Pilchado, Correia diz que é frequentador das atividades do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Laço Velho e que participa dos rodeios – agora parados em virtude da Covid-19. “É o único esporte que pratico e, por isso, gosto muito”, esclarece.