O informe epidemiológico publicado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde, na sexta-feira, 9 de fevereiro, mostra que no Rio Grande do Sul não há comprovação de casos febre amarela até o dia 3 deste mês. Este período é referente à semana epidemiológica n° 5 (31/12/2017 a 03/02/18). Foram notificadas 19 suspeitas, seis casos descartados e 13 continuam em investigação. Nenhum caso confirmado.

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. A doença tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.

Os casos que ocorrem no Brasil são de Febre Amarela Silvestre, ou seja, o vírus é transmitido por mosquitos que vivem em áreas de mata. Desde 1942, não existem casos de Febre Amarela Urbana, aquela transmitida por Aedes aegypti.

Dengue, zika vírus, chikungunya

Neste ano, foram notificados 151 casos suspeitos de dengue, sendo 62 descartados e 89 que ainda continuam aguardando investigação. Até o momento, nenhum caso confirmado. Não há comprovação de circulação do zika vírus no Estado. Até a semana epidemiológica n° 5, dos 14 casos suspeitos notificados, nenhum foi confirmado. De chikungunya, somente 16 casos foram notificados e nenhum confirmado.

Brasil

No último dia 6, o Ministério da Saúde divulgou nota informando que não há registro confirmado de febre amarela urbana no País. “O caso de febre amarela em São Bernardo do Campo (SP) está sendo investigado por uma equipe da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, o que inclui o histórico do paciente e captura de mosquitos para identificar a forma de transmissão na região. Deve ser observado que o paciente mora na região urbana, e possivelmente trabalha na área rural. Qualquer afirmação antes da conclusão do trabalho é precipitada. É importante informar que São Bernardo do Campo (SP) é uma das 77 cidades dos três Estados do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia) incluídas na campanha de fracionamento da vacina de febre amarela”, diz o comunicado.

O Ministério da Saúde esclarece que “todos os casos de febre amarela registrados no Brasil desde 1942 são silvestres, inclusive os atuais, ou seja, a doença foi transmitida por vetores que existem em ambientes de mata (mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes). Além disso, o que caracteriza a transmissão silvestre, além da espécie do mosquito envolvida, é que os mosquitos transmitem o vírus e também se infectam a partir de um hospedeiro silvestre, no caso o macaco”.