A ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um apelo urgente para a vacinação contra a coqueluche após a confirmação de um caso fatal envolvendo um bebê de seis meses em Londrina, no Paraná. A morte do bebê, ocorrida na quinta-feira, 25, marca o primeiro óbito causado pela doença no Brasil em três anos.

Em um encontro realizado no Rio de Janeiro sobre o enfrentamento global de novas pandemias, Nísia Trindade expressou seu lamento pela tragédia e enfatizou a importância da imunização. “Este caso não é apenas um alerta, mas reforça a necessidade de uma vigilância constante em relação a qualquer agravo de saúde. A coqueluche é uma doença prevenível por vacina, e recomendamos fortemente que grávidas e crianças estejam devidamente vacinadas,” destaca a ministra.

A coqueluche, conhecida popularmente como “tosse comprida”, é uma doença infecciosa aguda respiratória altamente contagiosa. A transmissão ocorre principalmente pelo contato direto com gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Os sintomas iniciais incluem febre, mal-estar, coriza e tosse seca, que pode evoluir para uma tosse intensa e prolongada.

O último pico epidêmico de coqueluche no Brasil ocorreu em 2014, com 8.614 casos confirmados. Embora o número de casos tenha diminuído desde então, o recente aumento global da doença destaca a necessidade contínua de vacinação. “Estamos acompanhando de perto a situação e trabalhando para evitar novos casos,” acrescenta a ministra, enfatizando que o esquema vacinal contra a coqueluche faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e é crucial para a prevenção da doença.

O esquema vacinal para bebês inclui três doses da vacina pentavalente, administradas aos dois, quatro e seis meses, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b. Doses de reforço são aplicadas com 15 meses e quatro anos com a vacina DTP, também conhecida como tríplice bacteriana, que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Além disso, grávidas e puérperas, ou seja, mulheres no período de seis a oito semanas após o parto, também devem ser vacinadas para garantir a proteção dos bebês.