Estamos passando por mais uma das crises por que o Brasil se acostumou(??) a passar. Um dia foi o preço do petróleo (1973 e 1979), no outro dia foi a inflação que chegou a mais de 2.700% num período de 12 meses (1989), no outro dia foi o congelamento da poupança que matou muitos brasileiros do coração e muitos ainda não se refizeram do susto (1990), no outro dia foi a mudança de moeda de Cruzeiro, para Cruzado, para Cruzado novo ( 1986-1989), no outro dia foi do dólar passando de R$ 4,00 (2003). Ah, e da corrupção.

Tenho uma teoria: a de que construir é difícil; que destruir é fácil. Uma empresa leva tempo para se solidificar, conseguir clientes seguros e crescer. Para perder tudo, basta pouca coisa. Uma pessoa pode perder tudo de um momento para o outro, a vida de um pai ou mãe, irmão e também financeiramente. Um país pode perder muita coisa em pouco tempo.

Nos últimos anos perdemos muitas coisas pelas péssimas escolhas de políticas econômicas adotadas pelo governo federal. Aproximar-se de Cuba, Argentina, Venezuela e China mais do que Estados Unidos, Europa e Japão foi uma. Aumentar os gastos públicos é o maior dessas péssimas decisões mas seguem junto o aumento do protecionismo, o estímulo a setores dos “amigos do Rei ou da Rainha” em detrimento de todos os outros, o não controle da inflação quando ainda dava tempo sem remédios muito duros, o represamento dos aumentos das tarifas públicas para, depois, aumentá-las enormemente, o controle dos preços dos combustíveis que ajudou a levar a Petrobrás, junto com a corrupção, a perder R$ 400 bi de valor de mercado ( eu escrevi 400 bilhões ). Além de buscar sempre políticas públicas populistas para ganhar votos.

Não foram só perdas que acumulamos. Alguns ganhos também como o Minha Casa, Minha Vida, o fortalecimento de algumas instituições como Polícia Federal e do Judiciário, uma cultura popular de ir às ruas com mais decisão quando as coisas estiverem beirando o fundo do poço. Mas todos nós temos o sentimento de que foram mais perdas do que ganhos.
Mas que troço!!! Será que não vamos aprender nunca que governos são maus administradores, que se pode esperar dos governos só aumento de impostos e promessas vazias, salvo as poucas e honrosas exceções?

Como é possível destruir tudo em 4 anos o que se construiu depois de muito esforço? Respondo: fazendo escolhas erradas.

Faltam líderes neste país. Como a máxima “de onde você espera que não saia nada, daí é que não vai sair nada mesmo” está ainda valendo, é duro pensar nesse país com melhor educação, saúde e segurança. Que liderança você vê nos governantes atuais que pode tirar o país do atoleiro ? No PT? Não. Na oposição, também não.

Estamos mergulhados num mar de desesperanças poucas vezes sentidas neste querido Brasil.

Porém, um país democrático e com o futuro que ainda acredito nunca perderá seu povo. Mas você, como eu e todos os cidadãos de bem desta federação devem entender que não devem esperar dos governos a solução de todas as coisas, mas que devem lutar para que a justiça e a educação sejam as molas propulsoras do desenvolvimento, que a corrupção um dia vai ser reduzida e que apareça algum governante verdadeiro líder para conduzir esta nau desgovernada. Espero que isto seja logo.

Por enquanto, perdemos os anéis. Tomara que não tenhamos que cortar os dedos.

Pense nisso e sucesso.