Não tenho recordação de ter existido, em algum tempo, nas últimas décadas, tanta “desinformação” vinda de onde deveria, por lógica, vir INFORMAÇÃO. Refiro-me aos tais “meios de comunicação”, assim entendidos rádios, jornais, revistas e emissoras de televisão. Todos defendem, com unhas e dentes (e dinheiro, muito dinheiro) a “liberdade de expressão”, a “liberdade de imprensa”, mesmo que isso esteja previsto muito claramente na “Constituição Cidadã”. Só que, escancaradamente, a chamada “grande imprensa” não proporciona ao povo a INFORMAÇÃO. O direcionamento político-partidário dela salta aos olhos e se impõe de uma forma inédita no Brasil. Nem mesmo durante os governos militares, um regime ditatorial, havia tanta submissão dessa “imprensa” aos interesses dos “donos do Brasil” que estavam de plantão durante o regime de força. Poucas famílias (ou serão “famíglias”?) controlam os grandes meios de informações, aliás, de pseudo-informação já que com visível fundo político-partidário. O resultado do que se vê é a desinformação dirigida à formação da “opinião publicada” em detrimento à opinião pública. A frase histórica de que “uma mentira repetida muitas vezes é tida como verdade” se aplica perfeitamente ao atual momento político-econômico brasileiro. Essa “imprensa” bem identificada e seus pitbulls articulistas e colunistas seguem à risca a cartilha das “famíglias” e o alvo, agora, é o governo muito bem aprovado pela opinião pública em todas as pesquisas. O interesse eleitoreiro se sobrepõe aos da população. Eles querem porque querem que a taxa de juros aumente, que o consumo seja reduzido e haja recessão porque é, segundo “eles”, a única maneira de conter o “recrudescimento da inflação”. E Dilma afirma que não vai provocar desemprego (óbvio, se o consumo reduzir) e nem recessão em nome da inflação. Como, então, a “imprensa político-partidária” tenta impor a vontade daqueles que pagam, regiamente, seus anúncios? Simples: publicando números adequados a seus “interésses” (como diria Brizola). Foi o que se viu nas duas últimas edições de “revistonas” semanais. Colocaram o tomate na capa como o vilão dessa “inflação” que insistem fabricar. E chegaram ao cúmulo do ridículo colocando uma senhorinha com colar de tomates no vídeo. Uma delas publicou números da inflação em vários anos, desde 1977 e, estrategicamente, pulou de 1989 para 2008 e chegou a 2013, sempre fazendo piada com a alta dos preços de produtos. Ignorou, solenemente, os anos de 1999 (inflação de 8,94%), 2001 (inflação de 7,67%, quase o DOBRO da Meta) e 2002 (12,53%, o TRIPLO e mais um pouco da Meta que era 3,5%). Agora, quando alimentos da cesta básica sobem de preço absurdamente, fruto da ganância, notadamente, mesmo com os zeramentos de impostos federais, a inflação anualizada supera a Meta em 0,09% (nove centésimos) a “imprensa amiga” quer porque quer maior taxa de juros e recessão. Faz a sua parte político-partidária. E há quem acredite nela e chegue até mesmo a valer-se disso como “notícia”. Ah, sim, duvidem do que digo e pesquisem. É uma boa para não ser enganado por ninguém nem ser um “inocente útil”.