Este país precisa de mudanças, urgentes. Venho escrevendo há vários artigos que o país está fazendo as coisas erradas nos gastos públicos, na falta de planejamento, na falta de política externa, na união com países periféricos como Cuba, Argentina, Venezuela e não com grandes consumidores como EUA e Europa, na falta de melhor gestão pública, na falta de perspectiva na segurança, na educação e na saúde.

Mas o que mais me impressionou, nos últimos tempos, foi o tamanho e a audácia da propaganda do PT na última campanha presidencial. A desconstrução tomou conta do Brasil; primeiro, foi para desconstruir Marina Silva; depois, para desconstruir Aécio Neves. O medo era a tônica.

Mas o que mais me espantou foram as medidas econômicas adotadas nestes últimos dias totalmente contrárias ao que a propaganda do governo federal pregava durante toda a campanha política. E quase ninguém, dos grandes meios de comunicação, deu a ênfase que isto deveria ter. No máximo, a notícia. No dia seguinte, ninguém mais falou.

Caso 1: na campanha, uma propaganda, que depois foi proibida pelo TSE, mas que marcou muito a todos foi aquela em que uma família estava sentada à mesa e tudo ia desaparecendo onde os banqueiros eram os grandes inimigos do povo brasileiro que iriam fazer o pão desaparecer da nossa mesa. A campanha do medo. Divulgou-se que o presidente do Bradesco recusou o convite da Dilma. Pode-se dizer uma coisa e fazer outra?

Caso 2: aumentar a taxa de juros era o Aécio que iria fazer. A receita do Aécio, segundo a campanha do PT, era aumentar a taxa de juros e causar recessão. Não vote no Aécio pois “eles” vão aumentar a taxa de juros. Os juros (SELIC) ficaram estáveis por mais de 5 meses, antes das eleições. 3 dias depois, pimba, aumento da taxa. Foi o Aécio? Não. E vem mais aumento da taxa por aí.

Caso 3: preço dos combustíveis. Já escrevi aqui que os preços dos combustíveis iriam aumentar depois das eleições. A sangria da Petrobras (também já escrevi aqui ) é imensa e ninguém “tá nem aí”. Paga-se R$ 3-4 por uma cerveja (300ml) e acham caro R$ 3,20 por litro de gasolina onde 60% são impostos federais e estaduais. Por que não aumentaram antes?

Caso 4: O presidente da Venezuela grava vídeo informando que, com a vitória da Presidente Dilma no Brasil, as coisas do socialismo estão bem encaminhadas.

Caso 5: o IPEA foi proibido de divulgar, ANTES das eleições, os dados sobre a população brasileira que mostravam um AUMENTO da taxa de miseráveis neste país. A taxa ainda é menor do que já foi mas aumentou. Por que será que não divulgaram?

Caso 6: corrupção na Petrobras. Está um silêncio quase brutal. O que será que está acontecendo?

Caso 7: déficit público. O governo federal se comprometeu, neste ano, a ter uma sobra de caixa (superávit primário) de 1,9% do PIB para pagar as contas e juros. As contas do governo federal chegarão a um déficit de R$ 116 bilhões. Ou seja, o governo federal arrecada cada vez mais, gasta cada vez mais e pior. Vejam que 1,9% do PIB é quase nada e mesmo assim não conseguem. Nesta semana querem mudar a LEI para mudar o cálculo para esconder a ineficiência da administração pública federal.

Será que este país é sério? Será que um dia será sério? O medo não pode dominar uma nação.

Tomara que a presidente Dilma se dê conta dos enormes prejuízos que certas atitudes ocasionarão para as futuras gerações de brasileiros e reduza os gastos públicos e mude várias políticas adotadas até aqui.

Tomara.
Pense nisso e sucesso.