Foi sob fortes aplausos, apitos e com diversos cartazes que pais, alunos, professores e direção da Escola Estadual Antônio Adriano Guerra, do distrito de Santo Antônio de Castro, interior de Carlos Barbosa, se posicionaram em protesto pelos corredores da 16° Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Bento Gonçalves, na manhã de terça-feira, 22.
O motivo que gerou a mobilização é a luta contra a municipalização da escola. De acordo com a diretora do colégio, Débora Piccolli, o governo do Estado pediu para que o coordenador da 16° CRE, Alexandre Misturini, oferecesse as escolas estaduais para as cidades da região. “A nossa escola é uma delas e o município demonstrou interesse”, conta.
De acordo com Débora, caso a escola venha a se tornar do município, deixará de atender os alunos do 1° ano do ensino fundamental ao 9° ano do ensino médio e será transformada em ensino de educação infantil. “O que o Misturini nos diz é que conforme orientação da Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul, a partir do ano que vem eu não poderia efetuar as matriculas para o 1° ano e que os alunos do 6° ano já teriam que sair da escola. É um efeito cascata, porque em poucos anos a escola estará fechada de qualquer forma”, alerta.
Enquanto a comunidade escolar aguardava nos corredores, Débora estava em reunião com o Misturini, onde foi entregue uma ata com a manifestação da comunidade e um abaixo-assinado. “Ele vai levar até Porto Alegre, para a Secretaria de Educação, para ver se eles liberam as matriculas do ano que vem”, conclui Débora.
Andrea Zagonel, mãe de um aluno do 6° ano e integrante do Conselho de Pais e Mestres (CPM) da escola, afirma que os pais são contra a municipalização. “A escola tem 57 anos, não vai ser agora, que temos uma estrutura muito boa que a gente vai deixar fechar”, afirma a mãe.
De acordo com Andréa, na próxima segunda-feira, 28, os pais vão se pronunciar na Câmara de Vereadores de Carlos Barbosa, visando buscar o apoio dos vereadores da cidade.