HORÁCIO MÔNACO, nasceu em 1886, na Província Catânia, na Secília- Itália- Cursou a Régia Scuola da Agricultura, obtendo seu diploma de Enólogo.
Em 1901, José Mônaco(pai de Horácio) e sua família emigraram para a América do Sul, fixando-se na região de Mendonza República Argentina, onde os irmãos Lourenço e Horácio Mônaco trabalharam em diversas empresas vinícolas.
No ano de 1907, aproveitando um período de entre safra e as primeiras economias o irmão Lourenço procurou o Embaixador do Brasil em Buenos Aires, Dr. Joaquim Francisco de Assis Brasil e veio conhecer o Rio Grande do Sul, onde os imigrantes italianos haviam plantado parreiras e os colonos faziam vinhos em suas pequenas cantinas. Horácio vem a seguir, seguindo passos de Lourenço, e ambos eram contratados, reconhecidos técnicos que eram, pelo Dr. Borges de Medeiros, Presidente do Estado do Rio Grande do Sul, para dar assistência aos vinicultores, localizados na chamada região colonial italiana.
LOURENÇO Mônaco, além de seu trabalho como técnico junto aos pequenos vinicultores, publicava artigos na imprensa gaúcha, como colaborador do CORREIO DO POVO, A FEDERAÇÃO E STELLA D’ITÁLIA, dedicando-se ainda ao trabalho de proferir palestras e conferência em Caxias do Sul, nos salões da Sociedade Italiana ‘Príncipe di Nápole” e localidades da região produtora de vinho.
Nesta época se deu início a exportação de vinhos em barris, para fora do Estado. Em Bento Gonçalves, destacaram-se como pioneiros as empresas: Orestes Braghirolli, Luiggi Alegrete, Orestes Franzoni e Alexandre Pasquali.
Em fins de 1908 os irmãos Lourenço e Horácio Mônaco foram procurados pelos irmãos Franzoni, residentes em Monte Belo – na época 2º Distrito de Bento Gonçalves, onde estavam construindo uma cantina e desejavam um técnico para assumir a direção.
Em 1910, o Governo do Estado do RS, procurou incentivar o cooperativismo, através da Secretaria da Agricultura, contratando o técnico Dr. Stefano Paternó, finaciando-as pelo Banco Pelotense, à medida que iam se organizando. Porém, a maioria das cooperativas não alcançaram bons resultados e o Banco Pelotense para garantir seus créditos ficou em poder de diversas cantinas, entre elas as de Bento Gonçalves. Alugando uma dessas cantinas do Banco na linha Sertorina, os irmãos organizaram a empresa MÔNACO & CIA,começaram trabalhar por conta, produzindo um só tipo de vinho tinto que foi exportado em barris para São Paulo onde teve um bom mercado e a qualidade muito apreciada. Nasceu assim o VINHO ÚNICO- da Mônaco.
Em vista do sucesso alcançado a nova empresa alugou também, a cantina do Banco, em Bento Gonçalves, próxima à Estação Ferroviária, onde produziram os primeiros vinhos brancos, o vinho licoroso MALVASIA e Champagne em pequena escala.
Passaram-se diversos anos de lutas e alternativas e,em 1929, a firma Lourenço e Horácio Mônaco adquiria de Orestes Franzoni o seu estabelecimento. Nessa cantina iniciaram o engarrafamento de vinhos finos e foi lançado o vinho CLARETE SUAVE, para paladar brasileiro, depois de observarem a preferência do consumidor.
A partir de 1934 à 1936 forma construídos os demais pavilhões, ampliando as instalações da cantina no centro da cidade de Bento Gonçalves.
A COMPANHIA MÔNACO durante muitos anos contribuiu para o desenvolvimento da economia do município de Bento Gonçalves e da região colonial italiana.
Hoje, o local onde existia a CIA MÔNACO, esta o prédio ‘VILLAGIO di MÔNACO”, próximo ao Mercado Nacional.