O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPURB) emitiu nota de repúdio, em virtude das agressões físicas e verbais que os fiscais da instituição sofreram na tarde de quinta-feira, 14, durante apreensão de mercadorias sem procedência na área central de Bento Gonçalves. Segundo o IPURB, ao tentar recuperar os materiais apreendidos, os suspeitos agrediram os servidores e fugiram em direção ao bairro Humaitá. A Brigada Militar foi acionada, conseguindo captura-los, onde prestaram depoimento e foram liberados em seguida. Os servidores acabaram registrando um Boletim de Ocorrência e foram encaminhados ao Departamento Médico Legal (DML) para exame de corpo de delito.
Na manhã de sexta-feira, 15, os fiscais registraram novo B.O., em virtude das ameaças de morte que teriam sido recebidas pelos suspeitos.
Segue a nota, na íntegra:
O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPURB) vem a público, por meio da presente nota, manifestar desagravo e total indignação à violência cometida contra fiscais, que no exercício de suas funções, foram agredidos física e verbalmente na tarde desta quinta-feira, 14.
“O órgão repudia veementemente tais atos de violência que demonstram a dificuldade em que a autoridade constituída enfrenta ao cumprir com suas atribuições profissionais.
Atendendo a uma denúncia de comércio ilegal, dois fiscais apreenderam mercadorias sem procedência de dois indivíduos na área central, de acordo com a Lei Municipal 313/69. Os ambulantes assinaram o auto de infração, entregaram com tranquilidade os produtos e foram informados de que seria necessário apresentar nota fiscal, bem como pagar uma multa para retirada do material.
Os mesmos se dirigiram à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e sem atender as exigências, foram informados pelo Secretário da pasta, que as mercadorias não seriam devolvidas. Após iniciaram um tumulto e aguardaram a chegada dos fiscais na entrada do prédio.
Na tentativa de recuperar os produtos, os elementos agrediram violentamente os servidores públicos e fugiram em direção ao bairro Humaitá. A Brigada Militar foi acionada e conseguiu capturá-los, sendo liberados após prestarem depoimento. As vítimas registraram Boletim de Ocorrência (B.O.) e foram encaminhadas ao DML para realizar o exame de corpo de delito.
Na manhã desta sexta-feira, 15, os fiscais registraram novo B.O. devido às ameaças de morte feitas pelos meliantes.
Infringir a liberdade e integridade física de um agente público com ameaça, humilhação e agressão física são medidas que não condizem com o respeito aos direitos fundamentais, com o Estado Democrático de Direito e com o respeito às prerrogativas funcionais do servidor Público garantidas por Lei.”
Vender mercadoria sem procedência é crime!