No relatório do Teste Público de Segurança 2017 do sistema eletrônico de votação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta sexta-feira, 1º de dezembro, ter identificado falhas que permitiram o acesso, por parte dos investigadores que fizeram o teste, a 3 pontos importantes da urna eletrônica que será usada nas eleições de 2018.
Segundo o tribunal, as falhas estão sendo corrigidas e não há riscos quanto à votação de 2018, e o problema não ocorreu na eleição passada porque foi identificado em uma atualização de sistema. Os investigadores chamados pelo TSE para testarem a urna descobriram a chave de acesso ao sistema de arquivo da urna, o que permitiu ter acesso ao log (espécie de caixa preta), e ao registro digital de votação.
Dos 14 pontos testados, houve falhas em três. Segundo o coordenador José de Melo Cruz, “o grupo de investigadores conseguiu invadir o sistema e ter acesso ao ‘log’ e conseguiram acesso a aquele sistema que vai monitorando a urna e descrevendo tudo que acontece”.
Para o presidente do TSE, Gilmar Mendes, que citou as descobertas de falhas, o Teste Público de Segurança é importante justamente para apontar necessárias correções antes das eleições. “Isso demonstra a importância da sociedade civil na tarefa de identificar possíveis vulnerabilidades”, disse ele, afirmando que desde 2015 o teste público é parte obrigatória do processo das eleições.