O segundo final de semana das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017, teve 32% de abstenção. Esse número é o maior desde 2010. Houve uma alta de 3% em sete anos. Em 2010, o índice de ausentes foi 28,8%.
De acordo com o ministro da Educação, Mendonça Filho, a taxa de abstenção se iguala aos anos anteriores. “A média histórica é em torno de 30%. O número que foi divulgado no primeiro dia, na revisão, chegamos a 29,8% e historicamente o primeiro dia tem menos abstenção que o segundo dia. Então, [a taxa de abstenção] repete um comportamento mais ou menos padrão de anos anteriores”, explica.
Em 2016, a abstenção foi de 31,2%, e no ano anterior, 27,6%. O recorde foi em 2009, com 37,7%, quando a prova foi furtada e precisou ser cancelada e remarcada.
Segundo Mendonça Filho, entre os ausentes deste ano, 38% não pagaram a taxa de inscrição. Desde 2015, o MEC suspende a isenção de quem falta no exame e não apresenta uma justificativa. O candidato que prestar o Enem mais de três vezes sem pagar a taxa também perde o direito à gratuidade na quarta tentativa.
Neste ano, o Ministério da Educação também aumentou o rigor para os pedidos de isenção da taxa. Os estudantes que tinha direito à isenção por serem de famílias de baixa renda e que estejam cadastrados em sistemas de benefícios sociais do governo federal precisaram inserir mais documentos de identificação no sistema de inscrição do Enem.
Confira a abstenção do Enem:
2009 – 37,7%
2010 – 28,8%
2011 – 26,4%
2012 – 27,9%
2013 – 29,7%
2014 – 28,9%
2015 – 27,6%
2016 – 31,2%
2017 – 32%