A prefeitura determinou a suspensão da abertura de novas obras de saneamento realizadas pela Corsan/Aegea até que todos os serviços em andamento na cidade sejam concluídos. A medida foi tomada diante das diversas reclamações da população sobre problemas relacionados às intervenções, incluindo falta de conserto adequado nas vias, falta de água, aumento abrupto nas faturas, além de vazamentos constantes.
Na manhã desta terça-feira, 11, equipes da administração municipal vistoriaram os trabalhos no bairro Santa Helena, onde estão sendo realizadas ligações da nova rede de esgoto. Durante a inspeção, foram constatados problemas como valas abertas sem a devida compactação do solo, resultando em afundamentos e irregularidades no pavimento. Além disso, os remendos feitos nas vias apresentam desníveis, comprometendo a segurança de motoristas e pedestres.
De acordo com dados do Procon, até a segunda-feira, 10, foram registradas 79 reclamações formais relacionadas aos serviços prestados pela Corsan/Aegea. Paralelamente, a equipe do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPURB) realizou 14 notificações no último mês, identificando um total de 44 valas abertas, além de intervenções em ruas como Avenida São Roque, Nelson Carraro e Vitório Carraro.
A suspensão das novas obras visa garantir que os serviços em andamento sejam finalizados corretamente antes da abertura de novas frentes de trabalho. Moradores relatam transtornos causados por poeira, buracos e dificuldades de locomoção devido aos paralelepípedos irregulares. “Não podemos deixar que mais obras sejam realizadas se essas que estão em andamento não estão concluídas da maneira correta. Quem sofre é o cidadão que enfrenta a poeira na frente de casa, pode cair com os paralelepípedos irregulares e não tem a sua rua com o conserto da forma que deve. Estamos em contato com a presidência da Corsan e notificando essas situações para que imediatamente sejam realizadas melhorias”, disse o Prefeito.
Diante da situação, a prefeitura notificou a presidência da Corsan sobre os problemas e encaminhou a questão para a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), cobrando providências urgentes para a regularização das obras e melhoria na qualidade dos serviços prestados à população.
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